É com enorme prazer que postamos um comentário, que nos foi enviado pelo companheiro Edu Bueres. Obrigado amigo.
É possível, não exato, que exista uma mensagem subliminar no gesto da cabeçada de Zidane contra Matterazzi, isso, em razão das circunstancias políticas estabelecidas na Europa, em especial na França, onde o racismo,o nacionalismo, vem crescendo a cada ano, seguindo uma tendência, aparentemente, de ascensão, já que as teses da ultradireita do partido de Lê Pen, no tecido da classe média, que tradicionalmente, era tida por alguns estudiosos como guardiã das tradições libertárias, parece estar mudando,talvez por não estar imune aos males comuns a quase todos os países da U.E. que apresentam-se com taxas de desemprego em alta, o que leva aos que estão no poder, a criar tendências de corte nas conquistas sociais, especialmente nas ditas previdenciárias.
Há poucos meses a juventude foi às ruas queimar sua fúria contra o primeiro ministro francês contra a proposta do primeiro emprego,sendo que grande parte da massa era composta de filhos de imigrantes das ex-colônias, muitos tratados como cidadãos de segunda classe que executam os trabalhos de terceira, que a classe média rejeita, ou rejeitava.
Não é possível deixar de fora a questão da origem Argelina do maior astro da copa, detentor através da FIFA do justo título de melhor jogador, essa constatação esta além do circo do desporto que envolve uma outra disputa, mais silenciosa, em torno bilhões de dólares, nas disputas entre as marcas patrocinadoras e anunciantes, fora as industrias e segmentos, em destaque o turismo.
Como poderia logo ele, Zidane, raro exemplo de migrante bem sucedido e com empatia das massas, trair esse momento de gloria que grosseiramente comparando e levando em conta as devidas proporções, tem a força do feito do impagável atleta afro-americano nas olimpíadas de 1933 na mesma Alemanha de 2006?
Não haveria na tecnicamente, bem aplicada cabeçada, no adversário europeu-italiano, cujo país apoiou engrossou a ocupação em nação árabe-mulçumana uma clara legenda?
Só saberemos no futuro se Zidane pregou uma inteligente peça usando a própria força dos adversários ou seja, o aparato extraordinário da moderna mídia, para bilhões de telespectadores hipotéticamente atingindo os poderosos dirigentes do Ocidente.
Somente através das sucessões dos fatos que advirão a partir da decifração completa do gesto do atleta, que pelo menos a principio, teve como inspiração a defesa da sagrada honra das mulheres de sua família.
Uma boa pista, para avaliar o quilate político ou não, será a Fifa retirar ou manter-lhe o título outorgado, a outra, é o traje de inspiração militar escolhido por ele para dar a sua primeira entrevista falando sobre o caso.
Eduardo Bueres.
3 comentários:
Zidane pode ter todas as razões, mas a atitude foi um retrocesso em sua carreira. Futebol e uma coisa violencia é outra e não combina com o esporte.
Neto
Zidane foi macho com certeza, e isso não se refere a sexualidade, mas atitude firme.
Se em nosso selecionado, aqueles bananas tivessem 10% da atitude do Zizou estaríamos melhor.
Num primeiro momento,não conectei bem a relação de valores e simbolos; mas passados os dias, com a intesificão e escalada da violência no oriente médio, começo a ver um real sentido no comentário do Sr.Bueres.
Margareth Müller
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