Cuba rejeita novas tentativasanexionistas dos EUA
CUBA considera que o relatório apresentado em 5 de julho ao presidente George W. Bush, contendo as medidas para acelerar uma transição na Ilha, só reforça o vigente desde maio de 2004, sem conseguir seus verdadeiros propósitos anexionistas.
Este novo relatório ratifica o chamado plano Bush com medidas adicionais, indicou o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, no programa radiotelevisionado Mesa-Redonda.
“Estamos diante de uma verdadeira ameaça de agressão e de ações de guerra de todo tipo contra Cuba, que é a essência e o mais notável deste relatório, que inclui planos secretos”, acrescentou.
O parlamentar frisou que nesta nova empresa trabalham em parceria a CIA, o Departamento de Defesa, a Secretaria de Estado, o Pentágono, o presidente dos Estados Unidos e seus assessores de Segurança Nacional.
Lembrou que, meses antes do triunfo da Revolução, em 1958, essas mesmas agências e entidades estatais norte-americanas prepararam planos para evitar o triunfo revolucionário e depois, durante 47 anos, agiram para derrubar o processo cubano.
Por isso considerou que ambos os relatórios (o de maio de 2004 e o apresentado ao presidente Bush, em 5 de julho, por uma comissão liderada pela secretária de Estado, Condoleezza Rice), no são nada de novo, mas sim uma mostra da política norte-americana para Cuba.
Alarcón precisou que o mais importante que tem o documento da chamada Comissão de Assistência para uma Cuba Livre que encabeça Rice, é que reforça o plano de anexação da Ilha, que propõe o Plano Bush de há dois anos.
A partir desse momento e até agora, trataram do assunto com marcante interesse de enganar e desinformar, frisou, mostrando provas e deturpando os dados disponíveis no site do Departamento de Estado.
Sabe-se que existe o plano, que o entregaram ao senhor Bush, alguns têm, mas o que foi publicado teve suprimida a parte mais importante —considerou—, que são indicações contidas em um anexo secreto.
Alarcón pergunta quais são essas novas ações, qual seu caráter e quais são as novas armadilhas que se propõe Washington contra a Ilha.
“Por agora — disse — sabe-se que o novo relatório contém uma dúzia de medidas que retoman as do Plano de 2004 e aplica as recomendações expostas no primeiro relatório da Comissão.
“Nesse sentido, se pretende continuar recortando o envio de dinheiro, para eliminar as supostas verbas que elas representam para o governo cubano, obstaculizar o comércio com a Ilha e montar campanhas diplomáticas anticubanas”, enumerou.
Acrescentou que um tema chave nesse relatório são as ações para acelerar a subverssão, fechar cualquer abertura que pudesse ficar no bloqueio e tentar criar uma coalizão de países que apóie Estados Unidos numa agressão à Ilha. (PL)
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