segunda-feira, julho 24, 2006

FELIZ ANIVERSÁRIO




Companheiros, no próximo dia 13 de agosto, para desespero de uma galerinha de Miami, o velho comandante completará 80 anos, é claro que eu não poderia deixar passar tão importante data em branco. Além de desejar vida longa ao velho camarada, desejo de coração que ele continue a comandar aquela Revolução com o mesmo carinho com que sempre a conduziu. Para fechar esta pequena homenagem, transcrevo os finalmente da defesa do Revolucionário quando de sua condenação em outubro de 1953, feita pelo próprio Fidel, por sua participação ao assalto ao quartel Moncada.
Que Dios lo bendiga.

Parecia que o Apóstolo ia morrer no ano do seu centenário, que sua memória se extinguiria para sempre, tanta era a afronta! Mas vive, não morreu, seu povo é rebelde, seu povo é digno seu povo é fiel a sua memória; há cubanos que caíram defendendo sua doutrina, tem jovens que em magnífico desagravo morreram junto a sua tumba, a dar-lhe seu sangue e suas vidas para que sigas vivendo na alma da pátria. Cuba que seria de ti se tivesses deixado morrer teu Apóstolo!

Termino minha defesa, não farei como sempre fazem os letrados, pedindo a liberdade do réu, não posso pedi-la quando meus companheiros estão sofrendo na ilha de Pinos ignominiosa prisão. Enviem-me para junto deles a compartilhar da mesma sorte, é inconcebível que os homens honrados estejam mortos ou presos numa república onde o presidente é um ladrão criminoso.

Aos senhores magistrados minha sincera gratidão por me permitirem que me expressasse livremente, sem coações mesquinhas, não lhes guardo rancor, reconheço que em certos aspectos hão sido humanos e sei que o presidente deste tribunal, homem de vida limpa, não pode dissimular sua repugnância pelo estado de coisa reinante que o obriga a ditar uma opinião injusta. Fica no entanto à Audiência um problema mais grave; aí estão as causas iniciadas pelos setenta assassinatos, é dizer, o maior massacre que temos conhecimento; os culpados seguem livres e com uma arma nas mãos o que é ameaça perene para a vida dos cidadãos; se não cai sobre eles todo o peso da lei, é por covardia o porque o impedem, e não renunciam em geral todos os magistrados, lamento por suas honras e me compadeço da mancha sem precedente que cairá sobre o poder judiciário.

E quanto a mim, sei que a cadeia será dura como nunca foi para ninguém, cheia de ameaças, de covarde ensinamento, mas não a temo, como não temo a fúria do tirano miserável que ceifou a vida de setenta irmãos meus. Condenem-me, não importa, a história me absolverá



3 comentários:

Anônimo disse...

Valeu pela homenagem Xico da Rocha, o comandante merece.
Viva Cuba Socialista.
Michel

Anônimo disse...

É isso Xico, muita saúde para Fidel
Neto

Anônimo disse...

Arriba Cuba com Fidel

Alan