sexta-feira, fevereiro 22, 2008

AMIZADE SEGUNDO OSCAR WILDE

Não são raros os momentos em que me arvoro a escrever, fico matutando um tema e pimba, enfiu o dedo no teclado e varrumo a mente tentando concatenar idéias e palavras, devo afirmar que sinto dificuldade, mas, ainda assim consigo escrever alguma coisa.
Então salvo numa pasta que de vez em quando é deletada. É que fico buscando a perfeição inatingível, coisa difícil para os pobres mortais feito eu, e logo me convenço que é melhor parar.
Na verdade, o que me leva a abandonar a idéia, é a certeza de que certamente alguém já o fez , isso aconteceu agora, , tentei escrever sobre amigos, e descubro este texto de Oscar Wilde, que expressa todos os sentimentos e vontades do que queria eu, é simplesmente lindo no meu entendimento.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

A ESTAÇÃO COMO A VIDA.

Nossa vida em muito se assemelha a uma estação. A cada dia nos envolvemos com novas pessoas, e para cada uma delas haverá uma história a ser contada. Neste eterno vai e vem de pessoas, certamente também passaremos pela vida de muitas delas, e assim aconteceu comigo e meu saudoso amigo Edvar.

Nosso primeiro encontro foi na “FICOM”, hoje Unama, ali estivemos juntos no curso de administração, o tempo passou e perdemos o contato. Nas idas e vindas da vida conheci um outro amigo muito especial, com quem construí laços muito fortes de amizade, companheiro Nilton, que numa dessas coincidências da vida vem a ser cunhado do saudoso Edvar, e então reatamos os vínculos de amizade e passei a estar mais próximo do companheiro Edvar.

Mas, na verdade o que eu quero mesmo, é dar meu testemunho e ratificar a admiração que passei a nutrir pelo amigo. Edvar, era uma dessas pessoas de bem com a vida, desses amigos que sempre estão te empurrando para cima, sua maneira de ver e levar a vida, o tornava uma pessoa cativante e simpática e sua companhia sempre nos levava a ver o mundo pela ótica positiva.

O amigo já não compartilha do nosso viver, certamente Deus careceu dele e o requisitou (acho que Deus estava meio para baixo), e o Edvar tinha a capacidade de transmitir energias positivas e nos fazer alegres, sempre com um sorriso do bem em seu rosto amigo, e com um coração generoso e cheio de bondade.

Amigo onde quer que você esteja, sei que estás a distribuir tua luz, sentimos por não tê-la mais conosco, mas certamente você merece gozar o que aos justos é reservado.

Meu amigo teria feito ontem 58 anos, sei que bem vividos e aproveitados, fiz minha prece solitária ao amigo, e sei que ele entendeu e retribuiu com o que ele tinha de cativante, seu sorriso.


domingo, fevereiro 17, 2008

RASPUTIN


Amigos, pode parecer piada, mas, é sério estas imagens são do pênis do lendário Greogori Rasputin.
Na verdade esta postagem tem como finalidade, ajudar os amigos que sofram da constrangedora
impotência sexual. Conta a lenda que basta um olhar para estas genitálias, e zás, o elemento está curado, o problema é que elas estão exposta no primeiro museo russo de erotismo em São Petersburg.
Quem se habilitar é só dar uma passada lá.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

VIOLETA PARRA

Minha adolescência foi embalada por sons revolucionários. Vivi um momento da história onde os que produziam arte, o faziam comprometidos com a construção do "ser" e não somente do "ter", e aflorava em suas obras o altruísmo tão fora de moda hoje.
Tive então contato com a obra de Violeta Parra e pude perceber como ela e tantos outros compositores da época , questionavam a vida em seus limites mais básicos, assim como, faziam contra ponto com o autoritarismo do Estado, com versos demolidores contra as injustiças sociais, que até hoje perduram na nossa tão sofrida, politicamente falando, América latina.
Havia também o contra senso, assim entendo a morte de Violeta Parra, alguém que tão bem cantou a vida, e que num instante de dissabor amoroso e abatimento por conta do fracasso de um empreendimento, se fragilizou a ponto de dar cabo a própria vida.
Mas sua obra a imortalizou em versos como o de "Gracias a la vida", "volver a los 17", e tantos outros. Foi num 5 de fevereiro de 1967, que ela se suicidou.

domingo, fevereiro 03, 2008

DESPEDIDA

Falar de despedida é sempre muito dolorido, mesmo que a mesma seja temporária.

É interessante como a possibilidade da proximidade física das pessoas com a gente, nos permite sentir a presença das mesmas, mesmo quando não nos vemos com a freqüência que a amizade exige. É claro que o comentário tem razão de ser, e logicamente vou explica-lo.

Na última quinta-feira, nos reunimos eu, Nilton, Duda Bueres e o nosso novo companheiro Wilson, no Café Portela do nosso amigo Flávio Pinto, a reunião tinha como objeto principal, o chamado bota fora,

É que nosso amigo, irmão e grande companheiro de copo e de dor e de tantas cositas mas, Nilton Atayde está partindo para uma empreitada grandiosa e que nos enche de muito jubilo (aliás, partiu hoje de manhã), ele está rumando para a capital portenha, onde inicia seu Doutorado na ciência forense.

Vejam o contraditório do ato, é uma partida que nos faz sentir duplo sentimento, alegria pelo fato do mesmo está indo na busca da ampliação de seus conhecimentos, o que por outro lado nos entristece pelo temporário afastamento.

É claro que estamos torcendo pelo sucesso e pelo retorno do nosso grande companheiro, que além da falta que nos faz, nos deixa meio que empobrecidos, no caso eu e Duda Bueres, neófitos no estudo do Direito, em seu repasse de conhecimentos.

Companheiro que Deus, além de te iluminar, te abençoe.

Na tua volta, com certeza brindaremos como a ocasião merece.


LA BAMBA

Como disse o poeta, tenho alguns anos de sangue de sonho e de América do sul, e com certeza por causa deste destino tudo que é latino me vai bem melhor que um blues.
Esta minha admiração por tudo que é feito na América latina, me faz ouvir com maior freqüência músicas produzidas por latinos, mesmo quando, os mesmos são de origens americana (musicalmente falando), como é o caso de Carlos Santana, Ritchie Valens e tantos outros, mas o que me estimulou a postar este artigo, é a data em que Ritchie Valens foi sofreu o acidente de avião que o vitimou.
Este jovem talento que morreu tão precocemente, apenas aos 18 anos conseguiu se eternizar com a sua leitura muito própria, para uma música do folclore mexicano "La bamba".
Nascido em Pocoima, no Vale de San Fernando na Califórnia, (onde tive a oportunidade de viver por um ano) ele continua a ser reverenciado como um grande artista.
Registro minha saudade e admiração.