sábado, novembro 28, 2009
GHOST
Carrego nas minhas entranhas, um pouco da generosidade herdada dnáticamente genética da minha mãe, digo isso porque ela foi uma das pessoas mais generosas que conheci, seu coração era de uma grandeza nazarenica.
É que de vez em quando me vejo na figura dela, e há poucos dias atrás tive uma atitude digna dela.
Recentemente adquiri um hábito de caminhar com meus fiéis escudeiros, Lobisomem (lubi) e Pixito, e sempre que chego dos compromissos diários vou passear com os mesmo, isso ocorre por volta das 23:00h. No último dia 13, coincidentemente um sexta-feira na minha andança, a noite estava bastante agradável e a lua se mostrava com um deslumbre daqueles que só os jovens (amantes) percebem, e eu lá, caminhando com a minha filha e meus malucos caninos. O meu percurso é de cerca de 5 km, e no meio dele existe um Campo Santo, o da Marambaia, passo sempre pela frente e a única coisa que chama a atenção é a presença de uns cachorros que vivem lá e que ao enxergar os meus, se eriçam mutuamente mas, é coisa passageira. Ocorre que no dia anterior eu tinha passado e percebido a presença de uns filhotes de gatos (abandonados), e miando, mas me limitei a olhar e só.
Só que nesse dia pude perceber que o miado era no tom de lamento famélico, então parei a observa-los e senti que os mesmo demonstravam muita fome e sede, e observei que já existia um morto, não exitei, fui até minha casa e peguei uma boa dose de ração e uma vasilha com água, e retornei para lá, como eles estavam bem num cantinho, entre uma catacumba e o muro, pulei o muro e me pus a prestar socorro àqueles pequenos seres, o vigia percebendo chegou até onde eu estava, mas logo se apercebeu dos fatos, e até me ajudou a prestar socorro aos pequenos animais.
Ok, tudo normal até o instante que eu falei pra ele pegar o pequeno gatinho preto que estava morto para levá-lo até outro lugar, neste instante o pequeno moribundo, extraindo forças de sua sétima e última vida, deu um miado desesperado de socorro, imediatamente corri até em casa e providencie um leite morno pois o mesmo não tinha forças para nada, nem mesmo para comer, em lá chegando percebi que o mesmo não poderia ficar lá ao abandono da própria sorte, e minha filha também se sensibilizou com a situação do mesmo, e então recambiamos o pequeno animalzinho para casa para melhor tratamento.
Nos primeiros dias tive dúvidas de que ele pudesse escapar, pois o mesmo não se sustentava de nenhuma forma que não deitado e, na posição fetal, pensei que o mesmo tivesse sofrido alguma lesão do tipo fratura, mas logo percebi que não, se tratava mesmo de desnutrição, então segui o alimentando só com leite, do terceiro dia em diante ele começou a ficar de pé, mas logo caia para frente pois o mesmo não agüentava seu peso. Nossa luta em busca de recuperação seguiu e o mesmo escapou ileso, e hoje ele já está “pururuca”, ganhou o nome de “Ghost”, e o mais importante está disponível a adoção, mas quero ter a certeza de que ele será bem tratado pois já me me afeiçoei ao mesmo, o mesmo acontecendo com a minha filha.
A atitude é a herança que falei no inicio.
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