sexta-feira, setembro 29, 2006

ELEIÇÕES.

Cabôco, é isso mesmo "cabôco bom", tem desenvolvido um bom trabalho no parlamento estadual, aliado a sua figura humana fantástica, é merecedor do meu voto, até porque laços de amizades nos atam verdadeiramente. Não só pelo fato de ser meu amigo, mas sobre tudo por sua incansável luta pelo desenvolvimento das comunidades agrárias deste Estado.
Neste eu vou votar e peço o seu voto.

ELEIÇÕES.

Este é o meu candidato ao parlamento federal, ainda sem vícios pode e deve contribuir, é inteligente, e me parece com bons propósitos. Também marapaniense.

ELEIÇÕES

Companheiro comprometido com a comunidade marapaniense, uma figura que promete. Indico para quem não tiver nenhum candidato.

VALOR

Num Seminário, um famoso palestrante mostra uma nota de 20 dólares e pergunta:- Quem quer esta nota? Mãos começam a se erguer e ele continua- Eu a darei a um de vocês, mas antes, farei isto! Então, ele amassa a nota e pergunta:- Quem ainda quer esta nota? As mãos continuam erguidas- E se eu fizer isto? Deixa a nota cair no chão e começa a pisá-la e esfrega-la. Depois pega a nota, agora imunda e amassada, e pergunta:- E agora? Quem ainda quer esta nota? Todas as mãos permanecem erguidas. E ele fala:- Não importa o que eu faça com esta cédula, ela ainda vale 20 dólares. Isso também se dá conosco. Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e sujos, por decisões que tomamos e/ou pelas circunstâncias que surgem em nossas vidas, e sentimo-nos desvalorizados, sem importância. Creiam, não importa o que aconteça, jamais perderemos o nosso valor ante o universo! O preço de uma vida não é pelo que se faz ou se sabe, mas pelo que se É!
(autor desconhecido)

MANDAMENTOS.

Os dez mandamentos do viciado no trabalho
01 - Um Viciado em Trabalho não tem quarto.............. Tem escritório!
02 - Um Viciado em Trabalho não tem amigos............. Tem contactos!
03 - Um Viciado em Trabalho não tem vida................. Tem carreira!
04 - Um Viciado em Trabalho não tem sonhos.............. Tem projectos!
05 - Um Viciado em Trabalho não tem encontros.......... Tem reuniões!
06 - Um Viciado em Trabalho não toma cerveja............ Toma decisões!
07 - Um Viciado em Trabalho não faz sexo.................... Descarrega o stress!
08 - Um Viciado em Trabalho não navega na Internet... Faz pesquisas!
09 - Um Viciado em Trabalho não tem domingo............ Tem horas-extra!
(Por último, e para que fiquem tranquilos)
10 - Um Viciado em Trabalho não lê estas mensagens... Trabalha!!!!!!!!
Toca o trabalho...

quinta-feira, setembro 28, 2006

MÃE DO POPEYE

Amigos, navegando pelo mundo, encontrei a mãe do ilústre marinheiro, estou dividindo.

PREOCUPAÇÃO.

Existem dois dias em qualquer semana em que não devemos nos preocupar.
Dois dias em que devemos estar livres do medo e da apreensão.
Um deles é Ontem com seus erros e cuidados, seus pecados e tropeços, seus obstáculos e dores.
Ontem passou para sempre, está fora do nosso controle.
Todo o dinheiro do mundo não trará de volta o dia de ontem.
Não podemos desfazer certos atos ou retirar uma palavra que dissemos ontem já se foi.
O outro dia com que não devemos nos preocupar é amanhã, com seus adversários impossíveis suas responsabilidades, suas promessas esperançosas e realização pequena. Amanhã o sol nascerá em esplendor ou por trás da máscara de nuvens, mas nascerá.
E até que ele faça isto não ancoraremos no amanhã porque ele é ainda desconhecido
Isto nos deixa apenas um dia - Hoje.
Qualquer pessoa pode lutar numa batalha apenas por um dia.
É só quando aumentamos as responsabilidades de ontem e de amanhã que nós caímos.
A tristeza vem não da experiência de hoje mas do remorso e da amargura por algo que aconteceu ontem e pelo receio de que o amanhã possa trazer.
(Autor desconhecido)

sexta-feira, setembro 22, 2006

DIA DO AMANTE.

Uma homenagem a todos os que amam, sem importar-me com conceitos da ética e da moral. Mas que apenas se entreguem de maneira insana ao amor.
Portanto, dentro do armário, debaixo da cama ou em qualquer outro lugar comemore, mesmo que discretamente.
Fazer-te o amor contigo, é tão indescritível que o único que posso é pedir-te de fazê-lo e fazê-lo mais...

Ver teu corpo nu é ver a mil maravilhas juntas, é um trovão, é a acalma, é a beleza que se apalpa, é minha loucura...

Estaria dentro de ti toda minha vida. E se saio seria para entrar de novo e não sair.

Tens uns lábios como morangos, encanta-me comer de teus lábios e fazer de teu corpo o meu.

Conhecer-te e fazer-te o amor é o melhor do que me sucedeu nunca.

Teu cabelo é como a seda, teu ventre meu travesseiro, teus olhos minha paixão...
Frases de amor para amantes

Teus seios fazem andar até as pirâmides de Egito..

Cada vez que te moves em minha cama, sento tremer a terra.

Te comeria cada milímetro de tua pele, te abraçaria até fundir-me com tua cada centímetro de teu corpo.

quinta-feira, setembro 21, 2006

RAQUEL DE QUEIROZ

Achei um artigo de Raquel de Queiroz, que foi publicado na revista "O Cruzeiro" do dia 04/06/1960, o qual trascrevo abaixo:
Objeto Voador Não Identificado
HOJE não vou fazer uma crônica como as de todo dia; hoje, quero apenas dar um depoimento. Deixem-me afirmar, de saída, que nestas linhas abaixo não digo uma letra que não seja estritamente a verdade, só a verdade, nada mais que a verdade, como um depoimento em Juízo, sob juramento.
Escrevo do sertão, onde vim passar férias. E o fato que vou contar aconteceu ontem, dia 13 de maio de 1960, na minha fazenda “Não me Deixes”, Distrito de Daniel de Queiroz, município de Quixadá, Ceará.
Seriam seis e meia da tarde; aqui o crepúsculo é cedo e rápido, e já escurecera de todo. A Lua iria nascer bem mais tarde e o céu estava cheio de estrêlas.
Minha tia Arcelina viera da sua fazenda Guanabara fazer-me uma visita, e nós conversávamos as duas na sala de jantar, quando um grito de meu marido nos chamou ao alpendre, onde êle estava com alguns homens da fazenda. Todos olhavam o céu.
Em direção norte, quase noroeste, a umas duas braças acima da linha do horizonte, uma luz brilhava como uma estrêla grande, talvez um pouco menos clara do que Vésper, e a sua luz era alaranjada. Era essa luz cercada por uma espécie de halo luminoso e nevoento, como uma nuvem transparente iluminada, de forma circular, do tamanho daquela “lagoa” que ás vêzes cerca a Lua.
E aquela luz com o seu halo se deslocava horizontalmente, em sentido do leste, ora em incrível velocidade, ora mais devagar. Às vêzes mesmo se detinha; também o seu clarão variava, ora forte e alongado como essas estrêlas de Natal das gravuras, ora quase sumia, ficando reduzido apenas à grande bola fôsca, nevoenta. E essas variações de tamanho e intensidade luminosa se sucediam de acôrdo com os movimentos do objeto na sua caprichosa aproximação. Mas nunca deixou a horizontal. Dêsse modo andou êle pelo céu durante uns dez minutos ou mais. Tinha percorrido um bom quarto do círculo total do horizonte, sempre na direção do nascente; e já estava francamente a nordeste, quando embicou para a frente, para o norte, e bruscamente sumiu, - assim como quem apaga um comutador elétrico.
Esperamos um pouco para ver se voltava. Não voltou. Corremos, então, ao relógio: eram seis e três quartos, ou seja, 18.45.
Pelo menos umas vinte pessoas estavam conosco, no terreiro da fazenda, e tôdas viram o que nós vimos. Trabalhadores que chegaram para o serviço, hoje pela manhã, e que moram a alguns quilômetros de distância, nos vêm contar a mesma coisa.
Afirmam alguns dêles que já viram êsse mesmo corpo luminoso a brilhar no céu, outras vêzes, - nos falam em quatro vêzes. Dizem que nessas aparições a luz se aproximou muito mais, ficando muito maior. Dizem, também, que essa luz aparece em janeiro e em maio - talvez porque nesses meses estão mais atentos ao céu, esperando as chuvas de comêço e de fim de inverno.
Que coisa seria essa que ontem andava pelo céu, com a sua luz e o seu halo? Acho que, para a definir, o melhor é recorrer à expressão já cautelosamente oficializada: objeto voador não identificado. Mas, não afirmo. Porém, isso êle era. Não era uma estrêla cadente, não era avião, não, de maneira, nenhuma coisa da Natureza - com aquela deliberação no vôo, com aquêles caprichos de parada e corrida, com aquêle jeito de ficar peneirando no céu, como uma ave. Não, dentro daquilo, animando aquilo, havia uma coisa viva, consciente.
E não fazia ruído nenhum.
Poderia recolher os testemunhos dos vizinhos que estão acorrendo a contar o que assistiram: o mesmo que nós vimos aqui em casa. A bola enevoada feito uma lua, e no meio dela uma luz forte, uma espécie de núcleo, que aumentava e diminuía, correndo sempre na horizontal, e do poente para o nascente.
Muita gente está assombrada. Um parente meu conta que precisou acalmar enèrgicamente as mulheres que aos gritos de “Meu Jesus, misericórdia!” caíam de joelhos no chão, chorando. Sim, em redor de muitas léguas daqui creio que se podem colhêr muitíssimos testemunhos. Centenas, talvez.
Mas faço questão de não afirmar nada por ouvir dizer. Dou apenas o meu testemunho. Não é imaginação, não é nervoso, não são coisas do chamado “temperamento artístico”. Sou uma mulher calma, céptica, com lamentável tendência para o materialismo e o lado positivo das coisas. Sempre me queixo da minha falta de imaginação. Ah, tivesse eu imaginação, poderia talvez ser realmente uma romancista. Mas o caso de ontem não tem nada comigo, nem com o meu temperamento, com minhas crenças e descrenças.
Isso de ontem EU VI.

quarta-feira, setembro 20, 2006

MEMÓRIA I

Para os que já viveram o novo e o velho. Saudades

MEMÓRIA

Relembrando velhos tempos aí vai um post do AMIGO DA ONÇA.

PENSAMENTO DO DIA

sexta-feira, setembro 15, 2006

NZINGA MBANDI

Apresento aqui uma figura de destaque na história da África, da qual temos pouco conhecimento, mas que certamente tem sua importancia na compreensão do mundo.
Raínha Nzinga, Nzinga I, Raínha Nzinga Mdongo, Nzinga Mbandi, Nzinga Mbande, Jinga, Singa, Zhinga, Ginga, Ana Nzinga, Ngola Nzinga, Nzinga de Matamba, Raínha Nzingha de Ndongo, Ann Nzingha, Nxingha, Mbande Ana Nzingha, Ann Nzingha, e Dona Ana de Souza.
Filha de Nzinga a Mbande Ngola Kiluaje e Guenguela Cakombe Controversa líder feminina homenageada em Angola e no Brasil.
Misto de libertadora com uma grande negociadora de escravos. Inteligente e cruel ao mesmo tempo. É difícil fazer um julgamento de seu caráter a tanta distancia cronológica.
A Historia de Nzinga começa com a ocupação portuguesa, em 1578, quando Paulo Dias de Novais funda a cidade fortificada de São Paulo de Assumpção de Luanda que se tornará a futura capital de Angola em território mbundu. O rei dos mbundu era Ngola Kiluanji, pai de Nzinga, resistiu por muitos anos à invasão de seu território. Ngola Kiluanji resiste à ocupação portuguesa. No entanto, uma parte do território é tomada, constituindo o primeiro espaço colonial na região. O rei Kiluanji refugia-se em Cabassa, no interior de Matamba, e consegue reter o avanço dos portugueses. Após a morte de Kiluanji sucede seu filho Kia Ngola Mbandi, meio irmão de Nzinga, que, inicialmente, também impediu o avanço do comércio escravagista para o interior. Uma das primeiras medidas de Kia Mbamdi foi matar o filho único de Nzinga, concorrente em potencial. Ela também teve de aturar forte oposição interna por ser mulher e ter como mãe uma escrava – mancha grave em sua ficha, já que todo o poder, no reino, se baseava nas relações de parentesco. Nzinga fora criada pelo pai, o rei Jinga Mbandi, para ser uma rainha guerreira. Diplomata hábil, auxiliou seu irmão, mesmo rancorosa com o ato de assassinato de seu filho, negociando a devolução de territórios já ocupados pelos invasores. Recebida em Luanda com grande pompa pelo governador geral ela negocia sem ceder algum território e pede a devolução de territórios que obtém pela sua conversão política ao cristianismo, recebendo o nome de Dona Anna de Sousa. Mais tarde suas irmãs Cambi e Fungi também se convertem, passando a se chamar Dona Bárbara e Dona Garcia respectivamente. Entretanto os portugueses ficam impacientes, e no desejo de estabelecerem o comércio com o jaga de Cassanje no interior, não respeitam o tratado de paz. A rebelião de alguns sobas (chefes), que se aliam ao jaga de Cassange e aos portugueses, cria uma situação de desordem no reino de Ngola. Depois de saber da quebra do tratado, ela perguntou ao seu irmão para interceder e lutar contra a invasão portuguesa. Nzinga assume o comando da situação e ao encontrar um dos sobas, seu tio, que se dirigia a Luanda para se submeter aos portugueses, manda decapitá-lo, e dando conta da hesitação de seu irmão manda envenená-lo abrindo assim caminho ao poder e ao comando da resistência à ocupação das terras de Ngola e Matamba. De volta da sua missão, faz sua vingança, reorganizando seu exercito, mas esperando o momento propício. Aclamada Rainha Nzinga vai atirar o sobrinho, recebendo-o alegremente para em seguida apunhalá-lo, deste modo acaba sua vingança. Os adversários portugueses respondem elegendo um chefe mbundu, Aiidi Kiluanji (Kiluanji II), como novo Ngola das terras do Ndongo. A líder Nzinga, não conseguindo um acordo de paz com os portugueses em troca de seu reconhecimento como rainha de Matamba, renega a fé católica e se alia aos guerreiros jagas de Oeste se fazendo iniciar nos ritos da máquina de guerra que constituía o quilombo. Ele une-se a eles casando com um chefe jaga.
Aliou-se a guerreiros jagas passando a atuar em quilombos, com espaços e táticas de guerra semelhantes aos utilizados por seu contemporâneo Zumbi dos Palmares em terras brasileiras. Durante a guerra por liderar pessoalmente as suas tropas e proibiu de as suas tropas a tratarem de "Rainha", preferindo que se dirigissem a ela como "Rei". Em 1640, a rainha Nzinga e seus guerreiros atacam o forte Massangano, onde suas duas irmãs, Cambu e Fungi, são aprisionadas, sendo esta última executada. Aproveitando a ocupação temporária de Luanda pelos holandeses, recupera alguns territórios de Ngola com a adesão de alguns sobas (chefes). Salvador Correia de Sá y Benevides, general brasileiro, restaura a soberania portuguesa em Luanda e tenta restabelecer seu poder no interior. Numa incursão do exército de Nzinga são aprisionados dois capuchinhos que a rainha aproveita para convencê-los de sua vontade de reconversão em troca do reconhecimento de sua soberania nos reinos de Ngola e Matamba e da libertação de sua irmã Cambu. O governador geral aceita libertar Cambu se Nzinga retificar um tratado limitando suas reivindicações a Matamba e renunciando aos territórios de Ngola, sendo o rio Lucala escolhido como fronteira. Este tratado, de 1656, só vai ser posto em prática depois da ameaça da rainha voltar à guerra. Só assim o governo de Luanda libera sua irmã Cambu, mesmo assim depois do pagamento de um resgate de mais de uma centena de escravos. Cambu tinha ficado retida em Luanda por cerca de dez anos. Há uma paz relativa no reino de Matamba até a sua morte aos 82 anos em 17 de dezembro de 1663. Sucede a Nzinga sua irmã Cambu, continuadora da memória de sua irmã, a rainha quilombola de Matamba e Angola. Um episódio revela bem essas qualidades: Quando se apresenta como embaixatriz em Luanda, o governador recebe-a numa sala onde havia apenas uma cadeira e uma almofada o governador oferece-lhe a almofada, o que Nzinga recusa por ofender a sua dignidade real e senta-se no corpo ajoelhado de um dos acompanhantes da sua corte, eliminando a posição de inferioridade que sutilmente lhe era oferecida pelo governador. Quando a audiência foi terminada deixa a escrava na mesma posição. Perguntaram-lhe se esquecera a escrava, ela respondeu, que não costumava conduzir a cadeira utilizada em cerimônia de tal importância. Despertou o interesse dos iluministas como a criação de um romance inspirado nos seus feitos (Castilhon, 1769) e citação na Histoire Universelle (1765). Obteve vitórias e uma relativa paz até morrer aos 82 anos de idade.

quarta-feira, setembro 13, 2006

PRECISA-SE DE MATÉRIA PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS

Pessoal achei este artigo a nossa cara, é a mais pura expressão do nós brasileiros.
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada. Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula. O problema está em nós. Nós como POVO. Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA" é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos. Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas fazem "gatos" para roubar luz e água e nos queixamos de como esses serviços estão caros. Onde não existe a cultura pela leitura (exemplo maior nosso atual Presidente, que recentemente falou que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem econômica. Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ao que não tem, encher o saco ao que tem pouco e beneficiar só a alguns. Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos do Fernando Henrique e do Lula, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem "molhei" a mão de um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado, melhor sou eu como brasileiro, apesar de ainda hoje de manhã passei para trás um cliente através de uma fraude, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta. Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Me entristeço. Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente sacaneados!!! É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda... Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar, um novo governador com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada. Está muito claro... Somos nós os que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos a mediocridade mediante programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO. E você, o que pensa?.... MEDITE!!!!!"
(JOÃO UBALDO RIBEIRO)

terça-feira, setembro 12, 2006

domingo, setembro 10, 2006

A FORÇA DE UM SUTIL CONVENCIMENTO.

CANOAS...

Tenho alguns amigos sabidamente canoas, vou quebrar o galho e evitarei declinar nomes, até porque eles ficariam chateados. Mas aí vai o alerta caso eles tentem alguma atitude que fuja aos padrões da obediência conjugal.

FORÇA E CORAGEM!

É preciso ter força para ser firme , mas é preciso coragem para ser gentil .
É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para baixar a guarda .
É preciso ter força para ganhar uma guerra , mas é preciso coragem para se render .
É preciso ter força para estar certo , mas é preciso coragem para ter dúvida .
É preciso ter força para manter-se em forma , mas é preciso coragem para ficar de pé .
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo , mas é preciso coragem para sentir as próprias dores .
É preciso ter força para esconder os próprios males , mas é preciso coragem para demonstrá-los .
É preciso ter força para suportar o abuso , mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho , mas é preciso coragem para pedir apoio .
É preciso ter força para amar , mas é preciso coragem para ser amado .
É preciso ter força para sobreviver , mas é preciso coragem para viver.

(Força e Coragem - Autor desconhecido)

SUBSERVIÊNCIA LUSITANA.


Portugal não tem qualquer responsabilidade histórica no Líbano. Em relação à agressão bárbara e selvagem dos facínoras dos EUA & Israel, o governo português remeteu-se a um silêncio covarde e conivente (cedência da Base das Lajes). E agora, num novo gesto de subserviência ao imperialismo (EUA) e ao subimperialismo (UE), pretende enviar tropas para a UNIFIL. O estatuto, o mandato e os objectivos desta força militar internacional estão longe de serem claros. A própria França de Chirac hesitou muito em comprometer-se com o envio de militares em escala maciça. Mas, mais papista que o papa, o governo português apressa-se a mais um acto de vassalagem.

quinta-feira, setembro 07, 2006

INDEPENDÊNCIA !


Na data da nossa INDEPENDÊNCIA, um poema:

Este é o nosso grito que ecoa desde 1822.
A tão sonhada liberdade banhada por raios fúlgidos.
Nunca conseguiu brilhar no céu da nossa Pátria.
Apesar de termos, braço forte,
Nunca conseguimos conquistar o penhor da liberdade!
E no seio da Pátria Mãe, aconchega-nos, para que não,
Precisemos desafiar o nosso peito a própria morte.
Tu que és Pátria, tão amada!
Por nós idolatrada!Salve-nos!! Salve-nos!!
De amor e de esperança, descemos a terra.
Seguindo o céu risonho e límpido,
E um cruzeiro resplandecente!
Deixando-nos morrer numa fronteira
Em busca de um sonho intenso!
Gigante, pela própria natureza.
Que te fez tão cobiçada.
Eras bela e antes forte como um colosso,
Teu futuro não mais espelha a grandeza,
Nem de mata, nem de água,
Nem de honra, nem de nada...
Tu que és Pátria, tão amada! Por nós idolatrada!Salve-nos!! Salve-nos!!
Do que a terra mais garrida,
Protege teus filhos!
Para que não sejam confundidos,
E mortos, em casa alheia.
Para que não precisem, arriscar a vida, em terra que não se USA
Tu que és Pátria, tão amada!
Por nós idolatrada!Salve-nos!! Salve-nos!!Brasil!
“Mostra a tua cara!”.
O que ostentas afinal?
Para onde foi o verde-louro desta flâmula?
Que foi glória no passado,
E jamais será paz no futuro.
Erguida a clava forte,
Aqui jaz, Justiça!
Verás que os filhos teu Não temem, só tomam.
E mesmo assim, terra adorada!
Entre outras mil, És tu, Brasil. Oh! Pátria amada!
Tu que fostes mãe gentil aos filhos desta terra,
Brasil! Salve-nos!! Salve-nos!!
Cybele Meyer

LIMITES ÉTICOS


Há questão de dias postei algo sobre Pirataria, na postagem anterior eu mencionei muito superficialmente o caso da Ayahuasca. Coincidentemente, descobri ontem na Faculdade, um amigo de classe, que faz parte do aparelho repressor do Estado, que capitaniados pelo Promotor de Justiça Doutor Marco Aurélio, vem desenvolvendo um trabalho no que tange ao combate aos "piratas tupiniquins". Acho interessante a postura do Estado no que diz respeito a forma de defesa dos meus direitos e de minhas garantias enquanto consumidor.
O meu colega de turma falou de como os orgãos pertinentes veem desenvolvendo seu trabalho, inclusive demonstrando a preocupação com a saúde pública, quando de maneira contundente estão a desenvolver operações na área do Ver-o-peso.
Perguntei ao caro colega se esta operação atingia os bairros do Bengui, Barreiro, Guamá, Terra firme e etc... é evidente que a resposta foi não, sob a alegação que não existem denuncias formalizadas.
Tenho cá minhas dúvidas se ouve alguma formalização no caso do Ver-o-peso, ou se ela foi oriunda de denúncias de midia, tipo da que ocorreu por ocasião do programa da Regina Casé.
A verdade é que o povão do Bengui, tem que pedir a Deus por sua saúde.
Mas voltando ao Ayahuasca, consegui uma matéria que dá uma noção clara de como somos roubados de nossas riquezas sem que tenhamos proteção:
O CASO DA AYAHUASCA
Cipó da Alma desde inúmeras gerações, pajés da Amazônia ocidental vem utilizando a planta (Banisteriopsis caapi) para produzir uma bebida cerimonial chamada "ayahuasca". Os pajés utilizam a ayahuasca (que significa "cipó da alma") em cerimônias religiosas de cura, para diagnosticar e tratar doenças, para encontrar com espíritos e adivinhar o futuro.
"Da Vine" - descoberta de Loren Miller?
Um americano, Loren Miller obteve uma patente em junho 1986, que concede para ele os direitos sobre uma suposta variedade de B. caapi que havia chamado "Da Vine". Consta na descrição da patente que a planta foi descoberta num quintal doméstico na Amazônia.
O detentor da patente reivindicou que Da Vine representava uma nova e distinta variedade de B. caapi, principalmente por causa da cor da flor.
1999 - patente anulada. A Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) - uma organização que representa mais que 400 grupos indígenas - tomaram conhecimento da patente em 1994. Em seu nome, o Centro para Lei Internacional Ambiental (CIEL) entrou com um pedido de re-examinação da patente. CIEL argumentou que Da Vine não era nem novo nem distinto. Argumentaram também que a patente seria contrária aos aspectos públicos e de moralidade do Ato de Patente por causa da natureza sagrada de Banisteriopsis caapi na região Amazônica. Foram apresentadas extensas informações novas pela CIEL, e em novembro de 1999, o USPTO rejeitou a patente, admitindo que "Da Vine" não era distinto da planta utilizada pelos indígenas apresentada por CIEL e, portanto, a patente nunca deveria ter sido emitida.
2001 - patente reativada. Entretanto, o detentor da patente, reargumentou e convenceu o USPTO para inverter sua decisão e anunciar no início de 2001 que a patente permaneceria válida. Por causa da data de arquivamento da patente, ela não foi coberta pelas novas regras de "inter partes re-examinação". CIEL ficava portanto, impossibilitado de contra-argumentar o detentor da patente, e a patente continuou em vigor até seu vencimento em junho de 2003.
Protesto: Povos Indígenas continuam protestando contra esta patente. BENKI ASHANINKA, representante do povo ASHANINKA levantou o assunto no
workshop internacional "Cultivando Diversidade" em maio de 2002 em Rio Branco, Acre, : " ...isto mostra a falta de consciência e respeito para outras culturas."
Comercialização nos Estados Unidos - Plantação no Hawaí O uso da Ayahuasca vem se espalhando pelo mundo através do "Santo Daime" e da "União do Vegetal", religiões fundadas no século passado no Brasil. Até pouco tempo atrás, nos Estados Unidos, a bebida estava classificada como sustância ilegal, porque ela contém o alucinógeno dimethyltriptamin (DMT). Desde agosto 2002, a bebida está liberada nos EUA para o uso religioso. Desde então, o comércio do chamado "Caapi Vine" vem crescendo. O interessante nesse fato, é que já existem plantações com fins comerciais nos EUA e no Hawaii. confira aqui um site de venda do Caapi Vine nos EUA)
PATENTE SOBRE "DA VINE" (AYAHUASCA)
Registrado por: MILLER LOREN S (US) *
Registrado onde: Estados Unidos
Data de publicação: 17/06/1986
Titulo: Banisteriopsis caapi (cv) 'Da Vine'.
Salve-nos quem?

AMIZADE


Dois grandes mercadores árabes, de nomes Amir e Farid, eram muito amigos e sempre que faziam suas viagens para um mercado onde vendiam suas mercadorias, iam juntos, cada qual com sua caravana, seus escravos e empregados.
Numa dessas viagens, ao passarem às margens de um rio caudaloso, Farid resolveu banhar-se, pois fazia muito calor. Em dado momento, distraindo-se, foi arrastado pela correnteza. Amir, vendo que seu grande amigo corria risco de vida, atirou-se às águas e, com inaudito esforço, conseguiu salvá-lo.
Após esse episódio, Farid chamou um de seus escravos e mandou que ele gravasse numa rocha ali existente, a seguinte frase:
"Aqui, com risco de sua própria vida, Amir salvou seu amigo Farid"
Ao retornarem, passaram pelo mesmo lugar, onde pararam para rápido repouso.
Enquanto conversavam, tiveram uma pequena discussão e Amir, alterando-se, esbofeteou Farid. Este, aproximou-se das margens do rio e, com uma varinha, assim escreveu na areia:
"Aqui, por motivos fúteis, Amir esbofeteou seu amigo Farid"
O escravo que fora encarregado de escrever na pedra o agradecimento de Farid, perguntou-lhe:
- Meu senhor, quando fostes salvo, mandaste gravar aquele feito numa pedra e agora escreveis na areia o agravo recebido. Por que assim o fazeis?
Farid respondeu-lhe:
- Os atos de bondade, de amor e abnegação devem ser gravados na rocha para que todos aqueles que tiverem oportunidade de tomar conhecimento deles, procurem imitá-los. Ao contrário, porém, quando recebemos uma ofensa, devemos escrevê-la na areia para que desapareça, levada pela maré ou pelos ventos, a fim de que ninguém tome conhecimento dela e, acima de tudo, para que qualquer mágoa desapareça prontamente no nosso coração...
"Escrevendo na areia" - autor desconhecido

HOMENAGEM


Sem nenhuma razão especial, a não ser o merecimento, presto aqui uma homenagem a uma mulher que considero inteligente, muito charmosa, e que tem uma importância imensurável para a ciência não só brasileira mas mundial.
Doutora Mayana Zatz, pesquisadora da Usp, nome destacado no Projeto Genoma, merece todo o nosso respeito e admiração.

quarta-feira, setembro 06, 2006

EPITÁFIO


Nesta tão breve passagem, temos que ver o futuro, tanto que elegi este epitáfio. Embora tenha o desejo de ser cremado.


Não vá ao meu túmulo chorar.
Não durmo, nem estarei lá.
Sou mil ventos que sopram.
Os flocos de neve que se deslocam.
O raio de sol que aquece o grão.
A chuva de outono pelo chão.
Não vá ao meu túmulo chorar.
Eu não morri, nem estou lá.

segunda-feira, setembro 04, 2006

A PALAVRA.

Era uma vez um pescador chamado Drid. Era um homem distinto, era vigoroso, de ar franco e seu olhar, quando ele ria, era tão vivo quanto o sol. Ora, eis o que lhe aconteceu:
Uma manhã, quando ele andava ao longo da praia, com sua vara de pesca sobre as costas, o rosto ao vento e os pés na areia molhada pelo movimento das ondas, encontrou em seu caminho um crânio humano. Esta parte humana depositada entre as algas secas, excitou imediatamente seu humor alegre e brincalhão. Ele parou diante do crânio, se inclinou e disse:
- Crânio, pobre crânio quem te conduziu até aqui?
Ele riu, não esperando nenhuma resposta. No entanto os maxilares esbranquiçados da peça se abriram num rangido e o pescador escutou esta simples frase:
- A palavra...
Drid saltou para trás; ficou um momento afoito como um animal assustado; depois vendo a cabeça do velho defunto tão imóvel e inofensiva quanto uma pedra, pensou ter-se enganado por algum sussurro da brisa, reaproximou-se prudentemente e repetiu, a voz tremendo, sua questão:
- Crânio, pobre crânio, quem te conduziu até aqui?
- "A palavra..." respondeu o interpelado, desta vez com um quê de impaciência dolorosa, e uma indiscutível clareza.
Então Drid levou os punhos ao peito, soltou um grito de pavor; recuou, os olhos esbugalhados, deu meia volta e correu com os braços para o céu, como se mil diabos estivessem em seu encalço.
Ele correu assim até sua aldeia.
Entrou como um raio nos aposentos de seu rei. O rei era um homem gordo que estava majestosamente sentado à mesa, degustando sua refeição matinal. Drid caiu a seus pés e, todo suado e arfando, disse:
- "Rei, na praia, lá longe, há um crânio que fala".
- "Um crânio que fala!", exclamou o rei. "Homem, estás sóbrio?"
- "Sóbrio, eu? Misericórdia eu não bebi desde ontem mais que uma cabaça de leite de cabra... Rei venerado, eu te suplico que acredite em mim, e eu ouso novamente afirmar que encontrei agora há pouco, quando eu ia à minha pesca cotidiana, um crânio tão perfeitamente falante como qualquer ser vivente".
- "Eu não acredito em nada disto, respondeu o rei. No entanto é possível que tu digas a verdade. Neste caso, não quero arriscar-me a ser o último a ver e ouvir esta considerável manifestação de um morto.
Mas te previno: se por engano ou má intenção tu foste levado a vir contar-me uma lorota, homem de nada, tu o pagarás com tua cabeça!"
- "Eu não temo tua cólera, rei perfeito, porque sei bem que não menti", disse Drid, correndo já em direção à porta.
O rei estralou os dedos, tomou seu sabre, colocou-o na cintura e se foi trotando atrás de sua guarda, com Drid, o pescador.
Caminharam ao longo do mar até o monte de algas onde estava o crânio. Drid se inclinou e acariciando amavelmente sua fronte rochosa disse:
- "Crânio, eis diante de ti o rei da minha aldeia. Peço, por favor, diga-lhe algumas palavras de boas vindas".
Nenhum som saiu das mandíbulas de osso. Drid se ajoelhou, o coração batendo mais rápido.
- "Crânio, por piedade, fale. Nosso rei tem uma orelha fina, um murmúrio lhe será suficiente. Diga-lhe, eu te suplico, quem te trouxe até aqui".
O crânio miraculoso não pareceu entender mais que um crânio vulgar; permaneceu tão firmemente depositado quanto o mais medíocre dos crânios, tão mudo quanto um crânio imperturbavelmente instalado na sua definitiva condição de crânio, sob o grande sol entre as algas secas. Pois, calou-se obstinadamente.
O rei, fortemente irritado por ter sido incomodado por nada, tirou seu sabre da cintura com um rápido movimento.
- "Maldito mentiroso!", disse ele.
E sem outro julgamento, de um golpe certeiro arrancou a cabeça de Drid. Após o que, voltou reclamando para os seus assuntos de rei, ao longo das ondas.
Então, enquanto o rei se distanciava, o crânio abriu enfim seus maxilares rangendo e disse à cabeça do pescador que, rolando sobre a areia, viera juntar-se à sua, face contra face:
- "Cabeça, pobre cabeça, quem te conduziu até aqui?"
A boca de Drid se abriu, a língua de Drid saiu entre seus dentes e a voz de Drid respondeu:
- "A palavra".
(“A palavra”, Henri Gougaud)

domingo, setembro 03, 2006

HISTÓRIA SEXUAL DAS MULHERES.







LENDA INDIANA.

Sentados à beira do rio, dois pescadores seguram suas varas à espera de um peixe. De repente gritos de crianças trincam o silêncio. Ambos se assustam, olham em frente, olham para trás. Os gritos continuam e nada. Vêem então que a correnteza trazia duas crianças, pedindo socorro. Os pescadores pulam n’água. Só conseguem salvá-las à custa de grande esforço. Mais berros quando estão prestes a sair do rio. Notam quatro crianças debatendo-se, tentando salvar suas vidinhas. Só conseguem resgatar duas e sentem, além do cansaço a frustração pela perda. Não refeitos, ofegantes, exaustos, escutam uma gritaria ainda muito maior. Desta vez, oito pequenos seres vêm sendo trazidos pela correnteza. Um pula, o outro vira-se e ruma à estrada que acompanha a subida do rio. O amigo grita:
- Você enlouqueceu, não vai me ajudar?
Sem parar o passo, o outro responde:
- Tente fazer o que puder. Vou tentar descobrir quem está jogando as crianças no rio. ”

A MÃO QUE BALANÇA O CÉREBRO.


O que nos leva a usar mais uma mão do que a outra, como a direita em detrimento da esquerda?
O assunto é nebuloso mas acredita-se que este tipo de preferência (chamada de lateralidade) está relacionado à origem do cérebro. Sabe-se por exemplo que a mão direita é governada pelo lado esquerdo do cérebro e a esquerda pelo direito. Mas o neuropsicólogo neozelandês Michael Corballis defende uma tese surpreendente: a de que o cérebro dos primatas teria se desenvolvido, antes de tudo para dar mais equilíbrio e precisão aos saltos nos galhos.
A lateralidade poderia ser um meio de chegar a esse fim. Portanto, a destreza manual seria uma espécie de matriz primitiva do que viria a ser o sofisticado raciocínio humano. Agora, uma pesquisa do cientista brasileiro César Ades da Universidade de São Paulo, verificou que os micos-leões-pretos e os micos-leões-de-cara-dourada também usam mais uma das mãos: à direita. Como os micos estão entre os descendentes dos ancestrais mais antigos dos primatas, a descoberta reforça a tese de que ela estaria relacionada ao desenvolvimento do cérebro desses animais.

GALILEU GALILEI, PIRATA?

E este seria um caso de pirataria?
Galileu Galilei nasceu em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, Itália. Estudou medicina na Universidade de Pisa, mas se interessava mais pela matemática, física e astronomia. Em 1592, tornou-se professor de matemática na Universidade de Pádua.
Esta famosa figura, falastrão e polemista, teve coragem suficiente para desafiar a igreja com sua teoria de que a terra girava em torno do sol, e não ao contrário. Mas não conseguiu resistir à tentação de se apoderar das idéias dos outros para alcançar prestigio e conseguir recursos para manter a vida boêmia.

Freguês de carteirinha dos puteiros de Pádua, cidade do interior da Itália onde lecionava filosofia, Galileu se apaixonou por muitas prostitutas e acabou por se casar com uma delas, Marina de Gamba. Ambos tinham 35 anos.
Com muitas contas para pagar, não viu outra saída senão usar a sua inteligência como inventor. Numa viagem a Veneza, o astrônomo ouviu rumores a respeito de um fabricante de óculos que acabara de inventar um instrumento que permitia observar objetos distantes como se estivessem perto. Voltou para casa e correndo só descansou depois que o telescópio, o invento que iria abalar a cosmogonia da época, estava pronto e patenteado com o seu nome.
Galileu tropeçou também pelo menos uma vez na seriedade e na precisão que se espera de um dos maiores homens de ciência da história. Empolgado com cálculos e sempre pronto a detonar uma polêmica, o cientista italiano -que apesar de sua herética teoria heliocêntrica, era católico, anunciou em praça pública que revelaria as dimensões e a localização matemáticas do inferno. Calculou então que os domínios do Diabo tinham a forma de um cone invertido, ocupava um doze avos do volume da terra e ficavam exatamente abaixo da cidade de Jerusalém. Como se não bastasse se arvorou a esboçar a altura de Lúcifer que, pelas suas contas, mediria 1935 braças (mais de 4 quilômetros).

sábado, setembro 02, 2006

PIRATARIA


Constantemente tenho lido opiniões, de amigos e entendidos no assunto, no que tange a PIRATARIA.
Vejo defesas veementes dos mesmos, em relação aos interesses das pobres trans-nacionais, em detrimento dos terríveis pirateadores que nos abordam em todos os lugares da cidade defendendo o seu escasso dindin, oferecendo a cada momento CDs DVDs e outra tantas coisa mais que são confeccionadas muitas vezes pelos próprios vendedores, e em outras não, como é o caso de grifes famosas de perfumes, tênis e etc...
Acho justas algumas dessas defesas. Afinal me considero um tanto legalista. E também sei como funciona a máfia da pirataria, existe uma séria de considerações que carecem da nossa atenção.
No entanto uma questão mais indecente nos aflige no tocante a pirataria (e esta legalizada através da nossa Lei de patentes aprovada em 1996. Nos moldes das Constituições japonesa e iraquiana).
A forma indecente como o nosso Congresso tratou a matéria, inclusive aprovando a Lei, que legalizou a biopirataria, nos moldes que contribua com que recursos estratégicos sejam extraídos do Brasil, sem que tenhamos nenhuma contrapartida, é que causa revolta.
No meu entendimento analiso a questão, como que se venha usando dois pesos e duas medidas, ou seja, se os interesses feridos são das trans-nacionais, devemos reprimir os terríveis criminosos com a força e o peso da Lei, já se a questão são os fartos recursos naturais da Amazônia, estes sim podem ser usados, patenteados e auferir lucros para as trans-nacionais, sem que os mesmos tenha nenhum problema.
E aí registro minha indignação.
Sabidamente o maior “caçador” de piratas é o governo dos Estados Unidos, e é exatamente ele o maior de todos os piratas que conhecemos. Para que tenhamos idéia, o escritório de patentes do Estados Unidos constantemente vem abocanhando o premio de “Pirata da cara-de-pau”, este escritório registrou por exemplo a patente da ayahuasca, ignorando direitos ancestrais dos índios da Amazônia, a Universidade de Toledo em Ohio, não apenas registrou a patente de uma planta medicinal etíope, como agora se acham no direito de cobrar dos nativos da Etiópia pelo uso da planta que eles descobriram e cultivam, sem falarmos dos japoneses que patentearam, o cupuaçu, o açai, a andioba, o jambu e etc...
O premio que o escritório recebeu é conferido pela coalizão contra a biopirataria , uma associação de ONGs internacionais..

A toda poderosa NASA, que é uma Agencia que trata de assuntos espaciais, tem um único projeto na terra, que curiosamente se desenvolve na Amazônia, com o apoio do Museu Emilio Goeldi e Embrapa. E aqui a coisa é mais indecente por que além de surrupiar nossa biodiversidade, os sacanas corrompem mentes. Digo isto porque há algum tempo tive uma discussão com um amigo, doutor em Ciência Agronômica, e que é um dos poucos cientistas do Brasil que faz parte do projeto, já que é 300 do estrangeiro contra uns minguados não mais que 20 do Brasil, e quando o tema tomou proporções do sem jeito o meu amigo me disse, Pô Zezé, os caras fizeram uma lavagem cerebral na gente. Ai meu não dá para continuar.
Só a titulo de informação nos Estados Unidos há 30 anos, existiam por volta de 20 laboratórios de biotecnologia, hoje possuem mais de 1300.
E então devemos manter nossa posição pró USA ou pró Brasil em relação a pirataria?
É uma questão que nós brasileiros temos que aprofundar.

GESTOS!

ATEUS!