domingo, fevereiro 25, 2007

POEMA AFRICANO


Nas minhas andanças pela África, tomo conhecimento de um poema, e de tão interessante que o achei, estou publicando.

Poema Africano

Meus caros irmãos
Quando nasci eu era negro
Agora cresci e sou negro
Quando tomo sol fico negro
Quando estou com frio fico negro
Quando tenho medo fico negro
Quando estou doente fico negro
Quando morrer ficarei negro.
E você homem branco,
Quando nasce é rosa
Quando cresce fica branco
Quando toma sol fica vermelho
Quando sente frio fica roxo
Quando sente medo fica verde
Quando está doente fica amarelo
Quando morre fica cinza
E ainda tem a "cara de pau" de me chamar de "homem de cor"?
TOMA VERGONHA!

domingo, fevereiro 18, 2007

MINHA PARTIDA



O dia começa a amanhecer, é o dia que parto para mais uma dessas aventuras tupiniquim, só que desta vez no Continente africano, e recebo uma mensagem do companheiro Duda Bueres no celular, que me pergunta se já estava de saída, respondo-lhe via celular que sim, e novamente ele me diz através de mensagem que está a caminho de casa.
Passado alguns minutos meu camaradinha se faz sentir, através do ronco de sua intrépida motocicleta. Tomamos um café juntos e então começo finalizar meus finalmentes da partida, muleka Ludmila acorda porque vai com a mãe me levar ao aeroporto, não sou chegado a despedidas pois logo, logo estarei de volta, são só 11 meses (na primeira etapa), só que a mesma como sempre acorda cheio de enjoos.
Duda demonstra preocupação com a questão da despedida, diz que acha que vou me desmanchar em prantos, até parece que o mesmo não me conhece há tempos. O tempo começa a passar e então começo a descer para pegar um táxi que me leve até o aeroporto, Duda desce comigo, vou pegar um táxi e quando retorno Duda esta lá me esperando e dizendo que vai até ao aeroporto.
Senti o marejar de seu olhos, mas não disse nada melhor espera-lo no aeroporto para dar-lhe um abraço.
Partimos então rumo ao aeroporto, chegando lá providencio o devido check-in, e fico no aguardo do companheiro que até meu momento de zarpa não me apareceu, pô companheiro, senti sua falta.
Depois já voando fiquei a meditar, que houve com meu companheiro? Será que o marejar de seus olhos não o permitiu navegar em sua moto até ao aeroporto, logo o companheiro cuja raiz árabe lhe concede um ar de rebelde a la Hesbolah.
Coisas da vida.