segunda-feira, julho 31, 2006

PORRADAS

Acho o viver a maior de todas as benções que Deus legou ao homem, hoje recebi duas porradas, destas que estão ligadas ao viver. Parte de nosso convivio telúrico, um amigo que fiz recentemente, e que numa destas brutalidade da vida, mas que estão intrinsecamente ligadas ao nosso cotidiano, pela necessidade de nos deslocarmos, teve sua vida ceifada por um acidente de trânsito, que além de sua vida, levou consigo um filho ainda muito jovem, e deixou outro de tenra idade internado num hospital, ainda que este, esteja fora de perigo, não nos serve de muito alento diante das duas irreparáveis perdas. Mas como estas noticias estão sempre acompanhadas de outras de igual impacto, sou informado por parentes, que lá pelas bandas do nordeste acabo de perde um tio muito querido, e que apesar de seus noventa anos era um cidadão muito ativo, montava a cavalo, subia em árvores, e tinha um humor muito positivo, na última sexta-feira seguia sua labuta dentro das normalidades, estava fazendo uma farinhada e na pausa do almoço sofreu um enfarto destes que fulminam o individuo sem piedade. Mas a vida continua, e navegando pela internet descubro este pensamento de Ghandi, que derrepente tem tudo a ver.
Aos amigos queridos que nos deixam, que Deus se apiede de suas almas e lhes conceda o descanso eterno.

domingo, julho 30, 2006

BABY JÚNIOR, MAIOR TRAPEZISTA DO MUNDO.

Da minha infância guardo grandes e bons momentos. De ascendência proleta, vivi todos os problemas que a falta de dinheiro pode proporcionar a um guri, sem no entanto me privar dos momentos bons que a vida oferecia. Vou narrar um destes momentos que até hoje guardo com carinho, e que por vezes me faz dar boas gargalhadas, o que acredito seja muito bom para a saúde.
Tudo aconteceu quando eu pré-adolescente morava no bairro da matinha, quando fui morar na matinha tive a felicidade de conhecer a família Carreira, o que me propiciou uma amizade sincera e que prezo até hoje, trata-se do meu amigo e cunhado Aderbal, além dos demais membros da familia. Pois bom, o que passa pela cabeça de dois moleques de um bairro periférico, que sem dinheiro sentem as mesmas necessidades dos rapazinhos que tem dinheiro? vejam que aqui faço a distinção entre moleque e rapazinho, é que aprendi com minha mãe que garoto com dinheiro é rapazinho, sem, é moleque. Então, numa daquelas ensolaradas tardes, estávamos empinando papagaio, quando de longe ouvimos o alarido da molecada. Era um movimento que conduzido por um palhaço numa enorme perna-de-pau gritando palavras de ordem, dizia: “hoje tem espetáculo?” E a gurizada respondia, “tem sim sinhô!” e novamente o palhaço bradava “é as oito da noite?” e novamente o coro de guri respondia, “é sim sinhô! E o palhaço, “e o palhaço o que é?” e a gurizada, “é ladrão de mulher.” E o palhaço aproveitava para anunciar o grande momento do circo, que era a apresentação do maior trapezista do mundo, o Baby Junior, e na época eu nem me tocava para a redundância do nome, Baby Junior. E neste ledo caminhar, a petizada não só se divertia como também garantia sua entrada para o espetáculo, pois quem acompanhasse o palhaço, nesta fantástica forma de mídia, dentro das possibilidades do carente circo, tinha entrada garantida por um sinal que era feito no braço esquerdo do moleque, com uma tinta de carimbo, na verdade era uma espécie de carimbo. Agora vou falar do circo. Ele se denominava “EL GRAN CIRCO REAL”, e estava instalado em um local privilegiado. Para os que não conheceram o bairro da Matinha nos seus áureos tempos, ali onde hoje está erguido o Santuário de Fátima, era na verdade um morrote, cercado de mato e vala, e ali os circos que visitavam a cidade se estabeleciam para suas apresentações. Mas deixemos de pormenores. Após nossa Via-Sacra, sim porque eu e o Aderbal seguimos o cortejo para garantirmos também nossos ingressos, fomos carimbados no braço com o nosso passe livre para adentrarmos o espetáculo, restava-nos agora, dar uma de malabarista na hora do banho, para que o “carimbo” não se apagasse, e assim estivéssemos aptos a sermos platéia. Tomadas as providências tipo banho janta e etc... lá seguimos nós para o circo, era cerca de sete da noite e a fila já se fazia grande, após aquela espera recheada de muita molecada, coisas como dá tapa na cabeça de outros moleques, ou levar, dar vaias em que cometia alguma sandice, jogar areia nos outros, as portas se abrem, e não precisa dizer que nós, os moleques da Via-Sacra, tínhamos lá alguns privilégios, tínhamos os lugares dos poleiros bem perto do picadeiro. Após estarmos devidamente assentados e comendo pipocas, eis que se abrem as cortinas, e o espetáculo é iniciado, entram os anões, não sei porque mais todos os circos tinham, ou melhor, tem que ter anões como palhaços, em seguida o mágico, que fazia desaparecer dinheiro, e alongava as baganas de cigarros, e os malabaristas que com seus malabares nos deixavam atônitos. O tempo passava e todos nós na grande expectativa, para vermos o grande momento, a apresentação do maior trapezista do mundo, o grande e inigualável Baby Junior. Eis que ao som do mambo numero 5, de Perez Prado, faz se anunciar o grande momento, e então a platéia ensandecida dava gritos aplaudia, enfim fazia a maior algazarra, sem no entanto ter visto ainda o grande artista da noite, então as cortinas se abrem e eis que Baby Junior surge no bom e veloz estilo circense, correndo em circulo pelo picadeiro, senti então um certo espanto... é que a figura do Baby, não me era estranha, tratava-se do pico... é isso mesmo para mim ele era o pico, e não era ninguém menos, que o filho da tapioqueira do bairro, que trajando uma bermuda feita a partir de uma calça do uniforme de instrução da Aeronáutica, se preparava para dar inicio a seu tão espetacular número no trapézio. O picarpe (o boca de ferro) faz soar então o mambo jambo e Baby ou melhor o Pico se dirige para uma corda que estava estrategicamente colocada embaixo do trapézio número 1... é isso ele iria saltar do trapézio 1 para o trapézio 2, simples né?... nem tanto, ele o fará vendado, é isso mesmo, será colocada uma venda nos olhos do Baby Junior “Pico,” tal era sua habilidade no trapézio, começa então a saga do Baby Junior “Pico,” logo nos primeiros movimentos, apesar do meu profundo desconhecimento da arte circense, senti que faltava... digamos que uma certa habilidade no trapezista, mas tudo bem acreditei fazer parte do show, mas Baby Junior sentia uma certa dificuldade para ascender até o trapézio via corda, e apesar de muito empenho e tentativas, senti que ele não tinha lá muito traquejo para tal empreitada, ele se esforçou bastante convenhamos, mas não conseguia atingir nem mesmo um metro além do solo, e a galera já demonstrando inquietação gritava e apupava o nosso herói, que já um tanto quanto suado, teve que se fazer valer de uma providencial escada que adentrou o picadeiro conduzida de forma hilária pelos anões da trupe, aí sim podemos sentir um pouco mais de firmeza nos movimentos de Baby Junior, que vez por outra, ainda assim dava umas espiadas para baixo, venhamos e convenhamos eram umas espiadas meio que de apavoro.
Enfim Baby Junior alcança o seu objetivo, o trapézio 1, então é escalado um dos anões, que após várias pantomimas chega até onde está nosso bravo artista lá no alto, e coloca no mesmo uma das partes importantes do show, a venda, aí sim nosso herói devidamente vendado, seguro no trapézio em posição para saltar, é ajudado por uma corda que a partir de baixo, o faz balançar de um lado para o outro, dada a inaptitude do nosso herói para efetuar sozinho o complicado movimento, agora embalado tanto pela corda, como pelo som do mambo La Macarena, de Perez Prado, acho que por isso até hoje sou fã de Perez Prado, nosso artista começa a se movimentar de um lado para o outro com a intenção de se deslocar do trapézio 1 para o 2, e então tchã tchã, um grito se faz ecoar pelas bocas de ferros, um, dois, tres e JÁ, e Baby Junior se atira no espaço, a platéia aplaudia e de forma esfuziante delirava com o vôo de Baby Junior, que num imperdoável erro de calculo, passa a pelo menos meio metro distante do trapézio 2, o que faz com que nosso herói se transforme momentâneamente numa espécie de super-homem, e o vemos voando rumo a parte externa do circo que era destes sem coberta, então boa parte da molecada, inclusive eu e o Aderbal corremos para fora para ver o que ocorria lá, e quando chegamos conseguimos ver parte do estrago, o Baby Junior caiu sobre o carro do raspa- raspa, para quem não os conheceu descreverei de forma sucinta, era um carro de mão em forma de canoa, com um mastro de onde saiam diversas bandeirinhas, que serviam para ornamentar e dar mais destaque no negócio, o vendedor de raspa-raspa tinha como instrumento de trabalho uma maquineta com a qual ele raspava o gelo para colocar no copo com o suco, então quando chegamos perto do vendedor ele meio contundido, pois o impacto do encontro de Baby Junior com o carro, destruiu a ornamentação, quebrou várias garrafas de suco, e o mais grave, o preiá, assim se chamava o nosso amigo que vendia raspa- raspa, tinha perdido a maquineta de raspar o gelo, é que o carro tinha caído numa vala. Mais como o espetáculo não pode parar, e ao som de Perez Prado, o mestre de cerimônia do circo anunciava aguardem Baby Junior vem aí, ele voltará, e nós que ouvíamos tudo lá de fora conseguimos ver o nosso Baby Junior surgindo de dentro do valado, onde ele tinha se aupuado, todo sujo, com umas caretas de quem estava sentido algumas dores, e com aquele conhecido gesto de cotoco nos dedos dizendo: “é o caralho que volta.” O tempo tem passado e sempre que encontro Baby Junior lhe pergunto: “e aí trapezista?” ele mais que prontamente responde: “é o caralho.”
Quanto ao nosso amigo Preiá, até hoje não sei se o mesmo achou seu raspador de gelo.
São lembranças de um tempo passado, cheio de boas recordações.

FIM DE FÉRIAS

IMAGEM QUE FALA

sábado, julho 29, 2006

CENTENÁRIO DE MÁRIO QUINTANA


Se vivo estivesse, completaria neste domingo 30, um século de vida o escritor MÁRIO QUINTANA, de aqui fazemos uma homenagem ao poeta, transcrevendo uns versos de quintana, e os versos que Manuel Bandeira declamou por ocasião do 60º aniversário de Quintana na Academia Brasileira de Letras.

"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início das eras.
Pensa que está somente afogando problemas dele, João Silva...
Ele está é bebendo a milenar inquietação do mundo!"
(Mário Quintana)

Meu Quintana, os teus cantares
Não são, Quintana, cantares:
São, Quintana, quintanares.
Quinta-essência de cantares...
Insólitos, singulares...
Cantares? Não! Quintanares!
Quer livres, quer regulares,
Abrem sempre os teus cantares
Como flor de quintanares.
São cantigas sem esgares.
Onde as lágrimas são mares
De amor, os teus quintanares.
São feitos esses cantares
De um tudo-nada: ao falares,
Luzem estrelas luares.
São para dizer em bares
Como em mansões seculares
Quintana, os teus quintanares.
Sim, em bares, onde os pares
Se beijam sem que repares
Que são casais exemplares.
E quer no pudor dos lares.
Quer no horror dos lupanares.
Cheiram sempre os teus cantares
Ao ar dos melhores ares,
Pois são simples, invulgares.
Quintana, os teus quintanares.
Por isso peço não pares,
Quintana, nos teus cantares...
Perdão! digo quintanares.


DIGA NÃO AS DROGAS

FOTO DO ANO

A FORÇA DE UM ABRAÇO

PARA TODOS OS GOSTOS





quinta-feira, julho 27, 2006

JUSTIÇA SEJA FEITA

Há poucos dias estive reunido com os amigos Eduardo Bueres e Nilton Atayde, na casa do segundo, e sempre que bebericamos, temperamos nossos encontros com assuntos e temas que nos são aprazível, e entre um trago e outros, nos deleitamos com boa música, coisa que diga-se de passagem, o nobre amigo sabe como ninguem apreciar, há sempre um pouco de tudo em sua invejável e eclética coleção de CD. E como sempre ocorre, discorremos pelos mais variados argumentos. Nestes encontros a justiça sempre aflora em algum momento. E é pensando em se fazer justiça, que acabo de receber um e-mail do querido amigo Nilton, que me instiga a divulgar algo que por muito tempo, ou melhor, que nos bons e velhos tempos estudantís(idos de 70), passou batido por mero descuido dos então ditos intelectuais da época, e que em dado momento do nosso encontro chegamos a comentar. Trata-se do poema "No caminho, com Maiakóviski," que é de um Autor brasileiro, Eduardo Alves da Costa, e que por muito tempo, aliás até bem pouco tempo, e por uma falha do escritor Roberto Freire, que na epígrafe de um de seus livros, creditou o poema como do poeta russo Wladimir Maiakóvski, promoveu o equívoco. Querido amigo, JUSTIÇA seja feita. Para encerrar, segue na íntegra o famigerado poema:
No Caminho, com Maiakóvski
(Eduardo Alves da Costa)
Assim como a criança humildemente afaga a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer por andar ombro a ombro com um poeta soviético.
Lendo teus versos, aprendi a ter coragem.
Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm a ninguém é dado repousar a cabeça alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz; e nós, que não temos pacto algum com os senhores do mundo, por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto a ousadia me afogueia as faces e eu fantasio um levante; mas manhã, diante do juiz, talvez meus lábios calem a verdade como um foco de germes capaz de me destruir.
Olho ao redor e o que vejo e acabo por repetir são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam pela gola do paletó à porta do templo e me pedem que aguarde até que a Democracia se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei, porque não estou amedrontado a ponto de cegar, que ela tem uma espada a lhe espetar as costelas e o riso que nos mostra é uma tênue cortina lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo e não os vemos ao nosso lado, no plantio.
Mas ao tempo da colheita lá estão e acabam por nos roubar até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso defender nossos lares mas se nos rebelamos contra a opressão é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo, por temor aceito a condição de falso democrata e rotulo meus gestos com a palavra liberdade, procurando, num sorriso, esconder minha dor diante de meus superiores.
Mas dentro de mim, com a potência de um milhão de vozes, o coração grita - MENTIRA!

SABEDORIA



Perguntaram ao DALAI LAMA...
O que mais te surpreende na humanidade?
E ele respondeu:
"Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

quarta-feira, julho 26, 2006

NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA


De onde vêm nossas palavras
(Hélio Consolaro* )

Tudo tem a sua história. A língua portuguesa não é diferente. Toda língua possui uma história que se confunde com a de seus falantes, ou seja, o seu povo. O português também é assim. Nossas palavras vêm de várias fontes. Vejamos:
1ª) Fonte primária e básica é o LATIM FALADO, que os filólogos denominam de "latim vulgar". Este latim era levado pelos soldados romanos a cada região conquistada pelo império. Em cada terra, os soldados romanos se misturavam na convivência, que também gerou uma mistura lingüística do latim vulgar com a língua nativa do lugar, dando origem a vários idiomas, como: português, castelhano, catalão, provençal, francês, rético, italiano, sardo, dalmático (morto) e romeno.
A Península Ibérica foi conquistada no século III A.C.. Nela habitavam celtas, iberos, fenícios, gregos e outros grupos. Celso Cunha diz que poucas palavras destes povos permaneceram no português, como: balsa, barro, carrasco, louça, manteiga e alguns sufixos.
2ª) LATIM ESCRITO usado pela Igreja Católica e pelos intelectuais, de onde nasceram as palavras eruditas no português, como: celeste, fascículo, homúnculo, lácteo, miraculoso (de milagre).
3ª) Outras línguas, quase sempre neolatinas, das quais recebemos palavras que tiveram origem também no latim, como "amistoso", ligado à palavra castelhana amistad (no português amizade), do latim amicitate.
4ª) Invasões estrangeiras. Os visigodos, no século V, como os árabes, do século VII ao XV, estiveram na Península Ibérica, por isso há no português várias palavras de origem gótica, como: albergue, bando, guerra, trégua; de origem árabe, como: alface, álcool, cifra, faquir, tripa, xadrez.
De 1580 a 1640 Portugal permaneceu sob o domínio espanhol, são desta época o espanholismo, como: alambrado, granizo, hombridade, neblina redondilha, tablado, vislumbrar.
5ª) Imigrações. Já no Brasil, o português sofreu influência dos negros, que foram trazidos como escravos, como acarajé, candomblé, dengue, vatapá. Recebemos palavras também do povo nativo, os índios, principalmente nos nomes dos acidentes geográficos e das cidades. Depois dos europeus e asiáticos vindos ao Brasil no final do século XIX e início do século XX, como: italianos, espanhóis, japoneses. Por isso, o português do Brasil foi se distanciando do português de Portugal.
6ª) Influência cultural. A intelectualidade brasileira já sofreu forte influência cultural da França, por isso temos palavras importadas do francês, como: chique, croqui, tricô, menu, omelete, purê, sutiã. Atualmente sofremos uma influência forte do inglês norte-americano, como: basquete, vôlei, boxe, ringue, uísque, nocaute, cartum, filme. Havendo muitas palavras que conservam a ortografia inglesa, como: marketing, software, overnight, holding, lobby.
E o português continua aberto à importação de termos estrangeiros, principalmente em tempos de globalização.

INOCÊNCIA

Um pouco de inocência.


segunda-feira, julho 24, 2006

VANTAGENS DE SER POBRE

Transcrevo o trecho de um e-mail que recebi da amiga Mari, muito legal por sinal.

VANTAGENS DE SER POBRE


01 - É Simples!Você não perde o seu precioso tempo com grandes sonhos. Se contenta com um sonho da padaria, um sonho de valsa.
02 - É Valorizado! Em um mundo de mulheres tão interesseiras e oportunistas, só as sinceras e verdadeiras dão bola pra você!
03 - É Saudável! Você tem uma vida de atleta: correndo pra alcançar o ônibus, malhando pra conseguir um lugar pra sentar e se alongando pra passar por baixo da catraca.
04 - É Anti-Estressante! Nenhum vendedor te liga pra empurrar alguma bugiganga.
05 - É Aliviante!Com a sua fama de pé-rapado, nenhum amigo te pede dinheiro emprestado e, dependendo do seu grau de pobreza, eles nem serão mais seus amigos.
06 - É Emocionante! Você nunca sabe se o dinheiro vai chegar até o final do mês e, assim, tem uma rotina muito menos previsível!
07 - É Invejável! Enquanto os seus vizinhos viajam, pegam trânsito no feriado e sofrem com as praias lotadas, você descansa na comodidade do seu barraco.
08 - É Útil! Você tem de trabalhar aos domingos pra fazer hora- extra e, Assim, não precisa assistir aos programas que são campeões de audiência de encheção de saco. (Faustão e Gugu).
09 - É Seguro! Você não precisa levar a carteira para todos lugares que for, pois ela está sempre vazia. Assim, os trombadinhas vão passar longe de você!
10 - É Gratificante! Sem dinheiro pra acessar a Internet, você nunca vai ler textos inúteis como este que seus amigos malas insistem em lhe enviar!!!

PARA RELAXAR OU NÃO

E A TERRA MORREU DE AMOR
(Cardall Pires)
Quando aquela indiferença absoluta
tomar conta do meu rosto,
quero não ter sido infiel,
para que não me neguem a terra.
Ela foi o único paraíso
que conheci.
E jamais sonhei além
dos seus limites

Nada devo,
muito amei.
E meu amor foi todo dela:
de suas praias e cachoeiras,
de suas estrelas e seus mares,
de seu céu e seus desertos,
de seus jardins e pássaros,
de seus campos e cidades,
de seus bichos e florestas,
de suas lendas e suas crianças,
de seus homens e mulheres.

Meu destino a ela pertenceu.
Nunca quis ser anjo,
amei ser homem.
Muito aprendi,
porque muito errei.
Errei porque fui errante:
pássaro sem destino,
vento sem rumo,
crente sem religião,
bússola sem norte.

Caí muitas vezes:
de frio,
de sede,
de fome.
Levantei-me com a aurora,
aqueci-me com o sol,
saciei-me com a chuva,
alimentei-me da natureza.

Hoje, finalmente,
não vou ao jardim,
não existe mais jardim.
A solidão desses desertos,
a imensidão desse vazio,
a devastação reivindica
o minério,
o sal.
Eu, como Baudelaire,
Sou Flores do Mal.

Ninguém virá para esta cerimônia.
Não existe ninguém.
Não, hoje não é o dia do meu sepultamento.
Se retorno à terra,
É porque a amo.
Antes que ela morra,
antes que tudo que nela eu amei morra,
quero dedicar-lhe uma última poesia.

Quero ser sepultado
não em seu seio,
mas ao seu lado.
Para que eu possa testemunhar em seu favor,
perante o céu.

Para dizer, ao céu,
que ela soube amar e acolher
a sua obra,
a sua imagem e semelhança.
Amou tanto a essa imagem
como um dia,
lá como nos testemunham os gregos,
amou ao próprio céu.

Quero testemunhar que a terra morreu.
Mas morreu sublimemente.
Morreu porque foi traída por um amor.
Morreu de amor.

FELIZ ANIVERSÁRIO




Companheiros, no próximo dia 13 de agosto, para desespero de uma galerinha de Miami, o velho comandante completará 80 anos, é claro que eu não poderia deixar passar tão importante data em branco. Além de desejar vida longa ao velho camarada, desejo de coração que ele continue a comandar aquela Revolução com o mesmo carinho com que sempre a conduziu. Para fechar esta pequena homenagem, transcrevo os finalmente da defesa do Revolucionário quando de sua condenação em outubro de 1953, feita pelo próprio Fidel, por sua participação ao assalto ao quartel Moncada.
Que Dios lo bendiga.

Parecia que o Apóstolo ia morrer no ano do seu centenário, que sua memória se extinguiria para sempre, tanta era a afronta! Mas vive, não morreu, seu povo é rebelde, seu povo é digno seu povo é fiel a sua memória; há cubanos que caíram defendendo sua doutrina, tem jovens que em magnífico desagravo morreram junto a sua tumba, a dar-lhe seu sangue e suas vidas para que sigas vivendo na alma da pátria. Cuba que seria de ti se tivesses deixado morrer teu Apóstolo!

Termino minha defesa, não farei como sempre fazem os letrados, pedindo a liberdade do réu, não posso pedi-la quando meus companheiros estão sofrendo na ilha de Pinos ignominiosa prisão. Enviem-me para junto deles a compartilhar da mesma sorte, é inconcebível que os homens honrados estejam mortos ou presos numa república onde o presidente é um ladrão criminoso.

Aos senhores magistrados minha sincera gratidão por me permitirem que me expressasse livremente, sem coações mesquinhas, não lhes guardo rancor, reconheço que em certos aspectos hão sido humanos e sei que o presidente deste tribunal, homem de vida limpa, não pode dissimular sua repugnância pelo estado de coisa reinante que o obriga a ditar uma opinião injusta. Fica no entanto à Audiência um problema mais grave; aí estão as causas iniciadas pelos setenta assassinatos, é dizer, o maior massacre que temos conhecimento; os culpados seguem livres e com uma arma nas mãos o que é ameaça perene para a vida dos cidadãos; se não cai sobre eles todo o peso da lei, é por covardia o porque o impedem, e não renunciam em geral todos os magistrados, lamento por suas honras e me compadeço da mancha sem precedente que cairá sobre o poder judiciário.

E quanto a mim, sei que a cadeia será dura como nunca foi para ninguém, cheia de ameaças, de covarde ensinamento, mas não a temo, como não temo a fúria do tirano miserável que ceifou a vida de setenta irmãos meus. Condenem-me, não importa, a história me absolverá



domingo, julho 23, 2006

RUBÉN DARÍO


Sei que muitos dos amigos que visitam esta página, são ávidos leitores , então, quero apresentar-lhes, um expoente da literatura Centro-americana.
Rúbén Darío, poeta nicaraguense, modernista.
No mundo cultural hispano, tem a mesma importância, por exemplo de: José Marti.




A UM POETA

Nada mais triste que un Titan que chora,
homem montanha acorrentado à um lírio,
que geme, forte, que pujante, implora,
vítima própria em seu fatal martírio.
.....
Cante valente e a cantar trabalhe;
que ofereça resistencia se se julgar monte,
que sua idéia, no mal, rompa e desgarre,
como na selva virgem o bisão.
....

Trechos de um poema do livro "Azul."

DIVÍCIA


Nestes últimos tempos, tenho procurado eliciar todo e qualquer resquício de ranço quer seja no campo da politica, cultura e até mesmo no cotidiano, não tem sido fácil, mais pela (de)formação pela qual tenho passado aos longos dos anos, do que mesmo pela formação politica que tenho buscado forjar, na busca do altruismo que acredito motor da construção da sociedade que busco e almejo para todos.
O assunto é pertinente, e explico porque, por ocasião da morte de ator Raul Cortez, num informe que fiz o declaro COMUNISTA, coisa que ele era, um amigo que visita esta página me escreve comentando que o mesmo era PSDBista. Ora bolas companheiro, desde quando, por ser o individuo, desta ou daquela agremiação partidária, ele perde suas convicções.
Rogo que o companheiro desça do seu radicalismo descabido, e aceite as convicções independente de credo cor ou filiação.
O brasão que apresento é do Barão de Nóia. (só a titulo de ilustração)

sábado, julho 22, 2006

BRASIL, PAÍS QUE AMEDRONTA.


Calma gente, sem a nóia de conflitos, a frase pode soar com tom de preocupação, mas não é nada disso, a causa do temor tem outra dimensão.
O brasileiro é sempre muito bem recebido por onde quer que ande, e é evidente que temos nossas insígnias e ícones que nos acompanham, coisas que quando somos identificados como brasileiros, logo são mencionadas, coisas do tipo: Pelé, samba e mulher bonita, além do Rio de Janeiro.
E a cada encontro somos inquiridos sobre mais variados assuntos e temas, há os que conhecem pouco, os que conhecem muito pouco, mas há os que conhecem bem o nosso país, e é aqui que vou me ater.
O fato ocorreu quando eu morava em New York, certa manhã de domingo, sai com um amigo borícua (de Porto Rico), fomos a Manhattan, digamos que alimentar o ego do consumismo (não confundir com comunismo), e quando retornava para casa, pois morava em Long Island, dentro do metrô, conheci um africano, que ao ouvir minha conversa com o amigo, captou que eu era brasileiro, e a partir daí entabulamos uma conversa e então pude conhecer um pouco daquela figura simpática, tratava-se de um filho de diplomata que por força da profissão do pai, já havia morado em várias partes do mundo e conhecia quase que o mundo inteiro, sem no entanto conhecer fisicamente o Brasil, já que do Brasil ele sabia tudo, me falou de música brasileira e cantores brasileiros, me falou da Bahia como se lá já tivesse estado, enfim, tinha um conhecimento profundo de nosso país, me falou algumas pessoalidades suas, fiquei sabendo por exemplo que o mesmo era mestre em ciências políticas, casado com uma colombiana e que atualmente morava na Colômbia.
E me fez uma confissão que até hoje me impressiona, ele me contou que tinha medo de vir ao Brasil, por ter plena consciência que no dia que ele viesse aqui jamais sairia daqui, e isso causava um certo temor na esposa, ainda assim ele me falava que o fato era inevitável, que ele jamais poderia morrer sem conhecer o Brasil.
Como podemos, ver nem sempre o que amedronta tem no fundo um caráter, ou melhor, deva ser assimilado literalmente como o sentido pleno da palavra amedrontar.
Alguns anos já se passaram, e daquela conversa para mim apenas a lembrança, quanto ao conhecido, espero que tenha realizado seu sonho, pois senti que mais do que o temor que ele me confidenciava, ele tinha um enorme desejo de vir ao Brasil.

GRANDES PERDAS




A semana foi de perdas irreparáveis, perdemos dois velhos e grandes COMUNISTAS, um brasileiro de São Paulo o outro Italiano de nascimento, mas brasileiro de corpo e alma.
Não só a arte perde, pois perdemos duas grandes referências do cenário brasileiro, por suas posições que sempre estiveram aliadas de intenção e gesto.
Que Deus abençoe tão queridas criaturas.

SAUDADES

O esporte perde um idolo, independente de ter sido o carrasco da torcida bicolor, ALCINO foi um um grande jogador. Infelizmente no jogo da vida com o cancer, o negão motora perdeu, mas fica na lembrança da torcida azulina a imagem das alegrias que o negão proporcionou a essa grande nação. Que Deus te abençoe Alcino, que na eternidade possas encontrar a paz que mereces.

sexta-feira, julho 21, 2006

A GUERRA POR PROCURAÇÃO



O mundo assiste atônito um conflito que pode tomar dimensões maiores. Pela televisão, vemos brasileiros com seus parentes na área de conflito, se declararem impotentes diante da situação.
Que não haja dúvidas. Por debaixo da cor local, o que neste momento ocorre no Líbano é uma guerra por procuração entre o Irã e os EUA. A mesma na qual os EUA andam a evitar a todo o custo envolver-se diretamente. O Irã continua a ridicularizar os planos ocidentais de restrição ao seu programa nuclear, e a guerra indireta que declarou a Israel permite-lhe desviar as atenções internacionais. Os EUA, desprovidos de outros aliados capazes de os ajudarem no ordenamento político internacional (graças ao estado de beatitude irresponsável dos países europeus) socorrem-se do único povo "ocidental" que ainda sabe fazer a distinção entre amigo e inimigo.Talvez até já seja tarde, mas a única coisa que há a esperar é que esta Quarta Guerra de Israel corresponda à ação preventiva necessária para restaurar alguma ordem nas fronteiras israelitas e devolver o Irã a uma certa humildade. É muito importante que seja bem sucedida, até porque é muito mais do que apenas isso o que está em causa.

SEM COMENTÁRIO

quinta-feira, julho 20, 2006

A SAGA DO COTOCO II


"O CIRCO"
Depois da quase trágica aventura no mar e da sua curta carreira como nadador, o coitado do pobre C0t0c0 resolveu fazer um programa que "APARENTEMENTE" não o colocaria em perigo. Eis que ele reuniu seus fiéis amigos e foram a um circo.... Decorria o número do domador de leões, quando o leão escapou da jaula e foi para cima do público. As pessoas começaram a correr de um lado para o outro, e os amigos do pobre C0t0c0, é claro, deram no pé.... C0t0c0 se debatia nas arquibancadas e se esforçava para sair dali. Alguns, ao verem o pobre deficiente, gritavam para que alguém o acudisse: - Olha o aleijado!!! Olha o aleijado!!!E C0t0c0 se debatendo cada vez mais rapidamente pelas arquibancadas. - Olha o aleijado!!! Olha o aleijado!!! E C0t0c0, sem agüentar, gritou: - VÃO TODOS SE FUDER, SEUS FILHOS DA PUTA!!! VIADOS!!! DEIXEM O LEÃO ESCOLHER SOZINHO!!!
"O CASAMENTO DO C0T0C0"
Certa vez, uma viúva rica e solitária decidiu que precisava de um outro homem em sua vida. Então colocou um anúncio no qual podia-se ler: “Viúva rica procura por homem para compartilhar vida e fortuna”. Requisitos necessários:
1 - Não me bater...
2 - Não fugir de mim...
3 - Ser excelente na cama.
Por muitos e muitos meses seu telefone tocou incessantemente, sua campainha não parava um segundo, ela recebeu toneladas de cartas, mas nenhum dos pretendentes se enquadrava nas qualificações. Porém, um dia, a campainha tocou novamente. Ela abriu a porta e quem estava lá??? O C0t0c0, sem braços nem pernas, deitado no tapete da porta. Perplexa, ela perguntou:- Quem é você? E o que você quer? - Olá! - ele disse - Sua busca terminou, pois sou o homem dos seus sonhos. Eu não tenho braços, logo não posso te bater. Não tenho pernas, portanto não posso fugir de você. - Bom - ela retrucou - o que o faz pensar que é tão bom na cama? C0t0c0 respondeu: - Eu toquei a campainha, não toquei?!?!
E C0t0c0 viveu feliz para sempre...

DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE


No DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE, quero brindar com todos os meus amigos. Que possamos a cada dia fortalecer muito mais o elo que nos une nesta amizade.
Dedico a todos eles, aos companheiros: Nilton Atayde, Edu Bueres, Pedro Nelito, José Mauro, Cyd Cavalcante, José Medardo, aos Dinaldos (pai e filho), Carina e Célio, a minha companheira Cláudia, meus irmãos (Antonio e Chagas), minhas sobrinhas Regina e Carolina pessoas doces que embora longe, estão tão perto de mim, e meus sobrinhos Carlinho, Daniele, Gisele e Camila, que embora pertos, estão tão longe de mim, meus cunhados Aderbal e Dudú, Rubinho, minhas cunhadas Carmélia, Celeste, Ruth, ao Carnélio, meu irmãozinho Bassalo, meu companheirinho Flávio, Léo Tocantins, as minhas filhas, a uma pessoa iluminada D.Alice minha sogra, a Vanilda, Vanessa, Aline, Yana e Yan, meu compai Figueroa, minhas afilhadas Diana Carolina e Syndel, ao amigo Manél e a tantas outras pessoas que me foge agora, mas que igual a todas estas que estão aqui também tem uma importancia fundamental para a nossa vivencia.
Muito obrigado pela amizade, e agora um poema:
Una amistad como la nuestra es un regalo especial. Disfrutamos tantas cosas similares, y compartimos tantos momentos maravillosos y divertidos. Me respetas por mi firmeza espiritual y yo te admiro por la tuya. Nos alentamos mutuamente en los momentos difíciles y juntos reímos en los buenos momentos. Sé que contigo no tengo que fingir... Una amistad como la nuestra es un regalo precioso... Podemos contar nuestros más íntimos sueños y anhelos, alentarnos mutuamente para alcanzar más éxitos y mayor felicidad, y enjugarnos nuestras lágrimas en los momentos de tristeza y frustración. Eres una luz que ilumina mi vida y tienes un lugar muy especial en mi corazón. En el día de la amistad quiero desearte que todos tus mejores anhelos se hagan realidad y que tengas éxito y felicidad, un corazón alegre y risas. Y quiero decirte que para mí eres lo más maravilloso y que atesoro nuestra amistad.

quarta-feira, julho 19, 2006

CULTURA INÚTIL

A Arábia Saudita importa areia da Escócia e camelos da África do Norte.
O famoso relógio de Londres, conhecido como "Big Ben," tem esse nome em homenagem a Benjamin Hall, politico do século XVIII, que pesava 158 quilos.
Nero, o Imperador romano, foi o único competidor a receber o primeiro prêmio nos Jogos Olímpicos, sem ganhar a competição e sem mesmo ter terminado a prova de que participou.
Paul Gauguin, famoso pintor francês pós-impressionista, trabalhou como operário no canal do Panamá, em 1887.

BALZAQUIANAS

Sou possuidor de muitos amigos que embora já vivam a madurez, insistem e teimam em se sentirem assim como diria D. Rita (minha mãe) uns garnisés.
Quando na pré-adolescência e já na própria adolescência, tive algumas experiências com balzaquianas, que foram do platônico ao carnal. Talvez por isto mesmo, sempre tive bons olhos para estas figuras.
Lendo um pequeno livro do escritor Affonso Romano de Sant' Anna,"Que presente te dar."
Encontro uma verdadeira "ode" às maduras.
Com o intuito de tentar sensibilizar estes senhores para que despertem seus olhares para tão nobres criaturas, transcrevo este artigo:
A MULHER MADURA
O rosto da mulher madura entrou na moldura de meus olhos.
De repente, a surpreendo num banco olhando de soslaio, aguardando sua vez no balcão. Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. A mulher madura, com seu rosto denso e esculpido como o de uma atriz grega, tem qualquer coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé.
Há uma serenidade nos seus gestos, longe dos desperdícios da adolescência, quando se esbanjam pernas, braços e bocas ruidosamente. A adolescente não sabe ainda os limites do seu corpo e vai florescendo estabanada. É como um nadador principiante, faz muito barulho, joga muita água para os lados. Enfim desborda.
A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago. Seu olhar sobre os objetos não é de gula ou de concupiscência. Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. Sabem a distância entre seu corpo e o mundo.
A mulher madura é assim: tem algo de orquídea que brota exclusiva de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.
A adolescente, com o brilho de seus cabelos, com essa irradiação que vem dos dentes e dos olhos, nos extasia.
Mas a mulher madura tem um som de adágio em suas formas. E até no gozo ela soa com a profundidade de um violoncelo e a sutileza de um oboé sobre a campina do leito.
A boca da mulher madura tem uma indizível sabedoria. Ela chorou na madrugada e abriu-se em opaco espanto. Ela conheceu a traição e ela mesma saiu sozinha para se deixar invadir pela dimensão de outros corpos. Por isto suas mãos são líricas no drama e repõem no seu corpo um aprendizado da macia paina de setembro e abril.
O corpo da mulher madura é um corpo que já tem história. Inscrições se fizeram em sua superfície. Seu corpo não é como na adolescência uma pura e agreste possibilidade. Ela conhece seus mecanismos, apalpa suas mensagens, decodifica as ameaças numa intimidade respeitosa.
Sei que falo de uma certa mulher madura localizada numa classe social, e os mais politizados têm que ter condescendência e me entender. A maturidade também vem à mulher pobre , mas vem com tal violência que o verde se perverte e sobre os casebres e corpos tudo se reveste de um marrom tristeza.
Na verdade, talvez a mulher madura não se saiba assim inteira ante seu olho interior. Talvez a sua aura se inscreva melhor no olho exterior, que a maturidade é também algo que o outro nos confere, complementarmente. Maturidade é essa coisa dupla: um jogo de espelhos revelador.
Cada idade tem seu esplendor. É um equivoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor de seu próprio corpo.
A mulher madura está pronta para algo definitivo. Merece, por exemplo, sentar-se naquela praça de Siena à tarde acompanhando com um complacente olhar o vôo das andorinhas e as crianças a brincar. A mulher madura tem esse ar de que, enfim, está pronta para ir à Grécia. Descolou-se da superfície das coisas. Merece profundidade. Por isto pode- se dizer que a mulher madura não ostenta jóias. As jóias brotaram do seu tronco, incorporaram-se naturalmente ao seu rosto, como se fossem prendas do tempo.
A mulher madura é um ser luminoso e repousante às quatro horas da tarde, quando as sereias se banham e saem discretamente perfumadas com seus filhos pelos parques do dia. Pena que seu marido não note, perdido que está nos escritórios e mesquinhas ações nos múltiplos mercados dos gestos. Ele não sabe, mas deveria voltar para casa tão maduro como Yves Montand e Paul Newman, quando nos seus filmes.
Sobretudo, o primeiro namorado ou o primeiro marido não sabem o que perderam em não esperá-la madurar. Ali está uma mulher madura, mais que nunca pronta para quem souber amar.
(Affonso Romano de Sant’ Anna)

terça-feira, julho 18, 2006

SAGA DO COTÔCO

A SAGA DO C0T0C0:CAPÍTULO I
"VAMOS A LA PLAIA!
"C0t0c0 era um menino muito, muito, mas muito triste,pois não tinha os dois braços e as duas pernas...Os amigos sempre tentavam levá-lo pra passear e se divertir. Um dia o pessoal resolveu ir à praia.- Já sei! Vamos levar o C0t0c0! - disse alguém...- É isso! Vamos, C0t0c0, a gente vai pra praia e vamos te levar com a gente.- Não, de jeito nenhum! Vocês não vão se divertir se me levarem....- O que é isso, C0t0c0! A gente reveza e cuida de você. De tanto insistirem, o C0t0c0 resolveu ir. Chegando lá, os amigos o colocaram bem na beirada da água, no rasinho, e lá ele ficou se divertindo. Mas o pessoal se distraiu e ele foi ficando por lá...De repente, a maré começou a subir, subir e, enquanto as ondas iam e vinham, ele ia afundando, afundando. C0t0c0 então começou a se desesperar...- Socorro!!!!!!!!!!!! Socorro!!!!!!!!!! - gritava o C0t0c0. Foi aí que um cara, que já tinha tomado todas, o avistou de longe e correu para o resgate. Heróico, o bêbado pegou C0t0c0 nos braços e começou a nadar vigorosamente. E o C0t0c0 pensou:- Ufa! Agora estou salvo...Porém, o bêbado estava indo pro lado errado e quando finalmente o "pé de cana" estava com água na altura do peito, lançou C0t0c0 violentamente para o fundo da água e gritou:- Vai, tartaruguinha... vai, nada... vaiii...
CAPÍTULO II
"C0T0C0, O NADADOR"
Depois do quase fatídico e trágico acontecimento na praia, no qual um banhista bêbado pensou que ele fosse uma pobre tartaruguinha e o lançou bem longe em alto mar....Mas foi então que aconteceu um milagre: C0t0c0 começou a nadar com as orelhas! C0t0c0 virou uma celebridade. Virou nadador profissional. Apareceu no Gugu, deu entrevista no Ratinho, ganhou destaque no Show do Esporte e foi chamado para ir aos Jogos Para-Olímpicos. Chegou o grande dia! Uma equipe contratada começa a prepará-lo e outra, especialmente treinada, joga C0t0c0 na piscina. Mas, para espanto geral, o pobre C0t0c0 fica parado no fundo da piscina, obviamente sem se debater, e é retirado às pressas para a superfície. Ainda assustado com o grupo de curiosos que se formou à sua volta, C0t0c0 vai recuperando o fôlego. Todos esperam uma explicação para tamanho fracasso; até que C0t0c0 consegue finalmente dizer:- Quem foi... o filh0 da puta que me colocou... essa p0rra de touca?

PORQUE LULAR OUTRA VEZ.


DESAFIOS AO PT
Leonardo Boff *
Sou ideologicamente PT embora nunca tenha me inscrito no partido. Sempre dei-lhe o aval no âmbito de minha atuação. Por isso, como observador participante, me permito pensar alguns desafios que seguramente serão suscitados no 13º Encontro Nacional para definir a estratégia da reeleição do Presidente Lula e os marcos do programa de Governo.Primeiramente importa demonstrar humildade e reconhecer: "caímos na tentação da política tradicional que inclui em sua prática uma aliança escuso com o poder econômico. Por isso não é transparente. Erramos. Mas todo erro tem correção. Pecamos. Mas todo pecado tem perdão. Caímos porque nos descolamos do povo e dos movimentos sociais que dia a dia nos convertem para as práticas corretas. Só nos redimimos, se voltarmos a esse primeiro amor e refizermos a aliança com os movimentos sociais".Que querem os movimentos sociais e o povo? Mudanças profundas que dêem outro rumo ao Brasil no interesse das maiorias sempre marginalizadas e excluídas. Mas esse mesmo povo entende que não fazemos o que queremos mas o que podemos ou o que nos deixam fazer. O terreno é ocupado e minado. Mas nem tudo é mina. Há espaço para inovações. O PT inovou na política externa, criando alianças que se opõem à lógica unilienar do neoliberalismo. Inovou nas políticas sociais, criando uma rede integrada que beneficia cerca de 8 milhões de famílias. Mas podia inovar mais, especialmente na gestão macroeconômica que deveria ser adequada ao projeto social. Faltou a "virtu", a ousadia necessária para abrir cunhas na rigidez monetarista imperante na Fazenda. Faltou amparar-se mais na verdade das coisas: que a financeirização do capital é um engodo do capitalismo mundial e que não se sustenta por si próprio e que um dia vai explodir para a desgraça de todos; faltou escutar mais o grito dos movimentos sociais e as boas razões da inteligentzia crítica. Importa retomar esta questão, pois sem ela não se faz a passagem ao pós-liberalismo.A correção desta política reembasará a esperança de que um outro Brasil é possível como os povos de Porto Alegre gritam já há anos. Estão mostrando a viabilidade de outro mundo possível e de uma globalização de rosto humano.É fundamental consolidar a derrota que o PT infligiu à coalizão liberal-conservadora que sempre ocupou o poder central e que, na perspectiva popular, desgraçou o Brasil. Ela o fez um dos países mais desiguais e por isso mais injustos do mundo. Este grupo não aceita que alguém do povo que se expressa na linguagem da cultura popular, tão legítima quanto qualquer outra, defina os destinos políticos do Brasil. Esta coalizão está se articulando e fazendo qualquer tipo de aliança para voltar ao poder. Ela não têm nenhuma ética a apresentar. Seu projeto político é intrinsecamente anti-ético porque é anti-social não buscando o Estado de Bem Estar Social mas o Estado mínimo que privatiza. Desta forma repassa o bem público que é de todos à propriedade privada que é de alguns. Prioriza a competição ao invés da cooperação, base da convivência e da democracia.O PT e seus aliados precisam se orgulhar da ruptura que introduziram na história do Brasil: de que alguém do povo, oriundo da "lasqueira da vida" conseguiu chegar lá e direcionar as políticas de Estado ao social e aos pobres. Esse legado deve ser ciosamente preservado. E só o conseguiremos reelegendo neste ano o Presidente Lula.

domingo, julho 16, 2006

QUEM NOS MONITORA II

Como funciona o Sistema Echelon:
Um memorando da Casa Branca em 16 de setembro de 1994, diz textualmente: “o fim da guerra fria modificou de forma dramática as prioridades e as ameaças para com a nossa segurança nacional. Além das questões políticas e militares tradicionais, os assuntos econômicos suscitam entre nós uma preocupação e um interesse crescente.” Durante anos a NSA consegui trabalhar sigilosamente sem que nada de importante filtrasse na imprensa e nos círculos políticos internacionais.
Só após longas e discretas pesquisas, feitas por uma comissão do parlamento europeu – o Scientific and Technological Assessment (STOA)- presidida pelo francês Alain Pompidou, sobre a NSA, a comissão conseguiu apresentar em 06 de janeiro de 1998, um relatório oficial a respeito da espionagem norte-americana. Na Europa, afirma o documento, todas as chamadas telefônicas, os fax e os textos transmitidos por correio eletrônico (e-mails) são regularmente interceptadas e as informações de certo interesse retransmitidas pelo centro estratégico britânico de Menwith Hill para o quartel general da NSA. O que deixou atônitos os deputados europeus.


O controle sobre o Brasil:
O sistema utilizado pelos Estados Unidos dispõe de cinco bases terrestres a partir das quais são interceptadas as comunicações telefônicas internacionais que passam pelos 25 satélites Intelsat. Com exceção do Canadá, cada país do Pacto de Ukusa está encarregado de cobrir uma zona determinada do planeta. A base que controla a totalidade do tráfico europeu está situada na Grã-bretanha a cem quilômetros de Exeter. As comunicações do continente americano, inclusive do Brasil, são vigiadas a partir de Segar Grove, a 250 km de Washington. As regiões do Pacifico e oceano Índico, por sua vez, dependem de três bases terrestres: uma no polígono do Exército norte-americano em Yakima, a 200 e tantos quilômetros de Seattle, outra em Waihopai (Nova Zelândia) e a terceira em Geraldton (Austrália).
Para decifrar as informações transmitidas pelos 25 satélites, computadores extremamente poderosos e de ultimíssima geração, chamados “dicionários” são capazes de absorver, examinar e filtrar enormes quantidades de mensagens numéricas e analógicas, retirar o conteúdo palavras-chave programadas e mandar automaticamente os resultados das análises ao QG da NSA. Uma ou duas vezes por semana os responsáveis pelos “dicionários” fazem a devida checagem retirando ou incluindo palavras de acordo e em função de temas políticos, diplomáticos e econômicos que interessam em determinados momentos aos Estados Unidos.



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sexta-feira, julho 14, 2006

IMPRESSIONANTE !


Gebhard Leberecht von Blücher, príncipe de Wahlstatt, o DESTEMIDO comandante prussiano, cuja oportuna intervenção na batalha de Waterloo selou a derrota de Nappoleão Bonaparte, sofria de uma fobia permanente: receava dar à luz um elefante.

JUDEUS X NAZISTAS, QUAL A DIFERENÇA ?



O Oriente Médio, é uma ferida aberta que não quer sarar.
Para o espectador que está a quilômetros de distancia dos conflitos, fica a impressão que a questão é puramente de cunho religioso e político, mas, nos bastidores deste conflito se esconde uma problemática que deve começar a preocupar o mundo.
Antes de entrarmos no problema, perguntamos : É justo que por causa de três soldados israelenses, Israel cometa este grande número de mortes na região? E aqui busco a diferença entre nazistas e judeus.
Israel tem um problema gravíssimo que é a superexploração de recursos hídricos, aliado à má gestão, provocada pela falta de coordenação entre instituições. Grande parte das provisões de água doce desse país tem origem em mananciais subterrâneos, como o da Montanha Yarkon/Tanimim, no oeste da Cisjordânia e o costeiro em Gaza.
Com a ameaça do esgotamento de recursos hídricos, o país teve de desenvolver um amplo sistema de reutilização de águas residuais, que de fato é o maior do mundo. Israel dedica uma alta porcentagem da água que consome as atividades de irrigação, técnica que desenvolveu e aperfeiçoou para aplicar à sua agricultura.
Na Cisjordânia, a situação e diferente.A população árabe é totalmente dependente da água subterrânea e a distribuição do recurso entre palestinos e israelenses não é em absoluto eqüitativa. Israel impôs um sistema de controle quanto à exploração de poços: deu a suas autoridades todo o poder sobre a água, estipulou proibições, estabeleceu autorizações e expropriações. Essa situação fez com que muitos palestinos da Cisjordânia, se vissem obrigados a abandonar a agricultura e instalar-se nas cidades.
Em 1990, segundo cifras das próprias autoridades israelenses, os palestinos da Cisjordânia consumiam 119 metros cúbicos por pessoa, enquanto que o consumo dos israelenses chegava a 354 metros cúbicos.
O sistema de tarifas de consumo de água em Israel e territórios ocupados, também afeta de maneira distinta, palestinos e israelenses. A gestão e manutenção dos recursos hídricos estão a cargo da companhia israelense Mekorot desde 1982.
Segundo Fontes israelenses, um palestino paga a essa companhia pela água que consome duas vezes mais caro que um israelense. Segundo fontes palestinas, esta relação aumenta para cinco vezes.
Na Faixa de Gaza, a situação é crítica. As cotas de exploração de poços por parte dos palestinos, permanece congeladas nos níveis de 1967, à raiz da ocupação israelense.
Além disso, a desigualdade de pagamento das tarifas e alarmante: os palestinos pagam 20 vezes mais pela água que os colonos israelenses, que recebem altos subsídios do governo de Israel.
A maior parte da água potável de Gaza provém de lençol freático, que foi explorado por mais de 20 anos, gerando altos níveis de salinização por infiltração da água do mar.
A baixa qualidade da água, tornou-se um problema de saúde pública.
Como podemos ver, nem só a religião e a política afeta a região, sabe-se que os recursos hídricos que hoje é fonte de conflito na área, será o grande tema a gerar conflito mundo a fora.

POR TRAZ DA CABEÇADA DE ZINEDINE

É com enorme prazer que postamos um comentário, que nos foi enviado pelo companheiro Edu Bueres. Obrigado amigo.


É possível, não exato, que exista uma mensagem subliminar no gesto da cabeçada de Zidane contra Matterazzi, isso, em razão das circunstancias políticas estabelecidas na Europa, em especial na França, onde o racismo,o nacionalismo, vem crescendo a cada ano, seguindo uma tendência, aparentemente, de ascensão, já que as teses da ultradireita do partido de Lê Pen, no tecido da classe média, que tradicionalmente, era tida por alguns estudiosos como guardiã das tradições libertárias, parece estar mudando,talvez por não estar imune aos males comuns a quase todos os países da U.E. que apresentam-se com taxas de desemprego em alta, o que leva aos que estão no poder, a criar tendências de corte nas conquistas sociais, especialmente nas ditas previdenciárias.

Há poucos meses a juventude foi às ruas queimar sua fúria contra o primeiro ministro francês contra a proposta do primeiro emprego,sendo que grande parte da massa era composta de filhos de imigrantes das ex-colônias, muitos tratados como cidadãos de segunda classe que executam os trabalhos de terceira, que a classe média rejeita, ou rejeitava.

Não é possível deixar de fora a questão da origem Argelina do maior astro da copa, detentor através da FIFA do justo título de melhor jogador, essa constatação esta além do circo do desporto que envolve uma outra disputa, mais silenciosa, em torno bilhões de dólares, nas disputas entre as marcas patrocinadoras e anunciantes, fora as industrias e segmentos, em destaque o turismo.

Como poderia logo ele, Zidane, raro exemplo de migrante bem sucedido e com empatia das massas, trair esse momento de gloria que grosseiramente comparando e levando em conta as devidas proporções, tem a força do feito do impagável atleta afro-americano nas olimpíadas de 1933 na mesma Alemanha de 2006?

Não haveria na tecnicamente, bem aplicada cabeçada, no adversário europeu-italiano, cujo país apoiou engrossou a ocupação em nação árabe-mulçumana uma clara legenda?

Só saberemos no futuro se Zidane pregou uma inteligente peça usando a própria força dos adversários ou seja, o aparato extraordinário da moderna mídia, para bilhões de telespectadores hipotéticamente atingindo os poderosos dirigentes do Ocidente.

Somente através das sucessões dos fatos que advirão a partir da decifração completa do gesto do atleta, que pelo menos a principio, teve como inspiração a defesa da sagrada honra das mulheres de sua família.
Uma boa pista, para avaliar o quilate político ou não, será a Fifa retirar ou manter-lhe o título outorgado, a outra, é o traje de inspiração militar escolhido por ele para dar a sua primeira entrevista falando sobre o caso.
Eduardo Bueres.

quinta-feira, julho 13, 2006

CURIOSIDADE INTERESSANTE OU CULTURA INÚTIL

Ao contrário das outras substâncias, o magnésio ganha peso quando queimado: suas cinzas pesam mais que o pedaço original do metal.

SÃO PAULO


Temos a lamentar o que ocorre em São Paulo, no entanto não nos causa espanto os fatos, por sabermos que as coisas sempre caminharam neste sentido.
No ano de 2001 o advogado e então Deputado Federal Luís Eduardo Greenhalg, deu uma entrevista à jornalista Memélia Moreira, e já alertava para o alastramento de rebeliões por todo o Brasil.
Ora, passaram-se 5 anos, e nada tem sido feito para se minimizar o problema, aliás, foram construídas penitenciárias, como se esta fosse a solução para tão grave problema.
No meu parco entendimento, tudo começou na segunda fase do governo Vargas, e se fortaleceu no golpe militar de 64, quando presos comuns se misturavam aos presos políticos, num estado repressivo, absurdo e inconseqüente, que nunca teve a devida noção do que estava fazendo. O que sei é que levamos a pior, porque enquanto Vargas produziu Graciliano Ramos e seu Memórias do Cárcere. A ditadura militar produziu o comando vermelho. Pior para nós.

QUEM NOS MONITORA ?


A hegemonia dos Estados Unidos é indispensável à segurança coletiva e à prosperidade Mundial ?

Os Estados Unidos podem impor sua hegemonia porque dispõem de recursos econômicos, tecnológicos e estratégicos superiores aos demais paises do mundo. Enquanto não tiverem à sua frente um conjunto de nações decididas a quebrar esse monopólio , Washington tentará dar a orientação que lhe convém á soluções dos problemas internacionais.
Por que? Não se trata das alternativas clássicas de ordem financeira ou militar.
Graças a um sistema ultra-sofisticado de espionagem por satélites, eles têm hoje a capacidade de captar dois milhões de conversações por minuto no mundo, ou seja, três bilhões por dia aproximadamente, registrando tudo o que se diz nos celulares , fax e e-mails.
Em outras palavras, os Estados Unidos estão aptos a controlar qualquer negociação entre dois Estados soberanos ou várias multinacionais, foi assim por exemplo, que a empresa norte-americana AT&T, em concorrência com uma empresa japonesa, obteve na Malásia o contrato para uma nova rede de comunicação. Tudo graças às informações colhidas por sua rede de satélites.
Quais são os métodos utilizados pelos norte-americanos? Além da CIA, eles possuem outro serviço de inteligência, a National Security Agency (NSA), menos conhecido, mas com um orçamento quatro vezes maior. Esta dispõe de todos os recursos informáticos e eletrônicos necessários à realização de suas tarefas.
No livro Secret power (força secreta), publicado há poucos anos na Nova Zelândia, Nick Hager o pesquisador e autor do livro, revelou que em 1948, portanto no início da guerra fria, os Estados Unidos assinaram com quatro paises – Canadá, Grã-Bretanha, Austrália e Nova Zelândia- um acordo secreto chamado Pacto de Ukusa, para a colheita de informações eletrônicas sobre a União Soviética e os seus aliados. Nenhum desses paises jamais revelou o teor do documento nem fez referências à sua existência.
A partir desse momento os Estados Unidos começaram a elaboraram sistema de espionagem chamado Echelon (palavra de origem francesa utilizada na terminologia militar dos paises Anglo-saxônicos) que foi colocado sob a responsabilidade direta da National Security Agency (NSA).
Proximamente falaremos da parte que afeta ao Brasil.

CONFIANÇA & FÉ

Jamais desacreditaremos do ser humano, se pensarmos em Artigas, em Che Guevara, em Camilo Torres, em Garcia Lorca, em Ana Franck, em Mandela, em Haydée Santamaría, no subcomandante Marcos, nos que organizavam comitês de resistência nos campos de extermínios na Alemanha, em Rosa de Luxemburgo, em Raúl Sendic, nos Tupamaros, nos Sem-terra, em Haroldo Conti, em Sara Méndez ou ainda nos que calaram para evitar a morte de um companheiro de luta. Se a gente pensa neles, então o ser humano é uma maravilha e tudo vale a pena. E não é um sonho
Daniel Viglietti.

quarta-feira, julho 12, 2006

2ª conferência de intelectuais da África e da Diáspora

Stevie Wonder pede paz em conferência sobre a África em Salvador.
A conferência tem como objetivo estimular a cooperação entre os países do continente africano e os da diáspora, ou seja, aqueles para os quais os povos da África migraram e nos quais hoje vivem. O Brasil foi escolhido para sediar o encontro justamente por ter uma grande população de origem africana. A primeira conferência sobre o tema ocorreu há dois anos no Senegal, país que fica na África. Neste ano, porém, a organização quis que ela fosse feita em um país da diáspora.
O encontro também tem como objetivo estimular a contribuição dos intelectuais africanos, do continente e diáspora, no lançamento de novas idéias e iniciativas mundiais. Durante os três dias ocorrerá uma série de painéis e grupos de discussão sobre temas como o desenvolvimento da África, a posição das mulheres no continente, as línguas africanas, as perspectivas da juventude e a religião local. O encontro é promovido pela União Africana e será aberto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Como parte da programação do encontro vai ocorrer a Mostra de Cinema da África e da Diáspora, entre 13 e 16 de julho na Sala Walter da Silveira, também na capital baiana. Dois filmes de países africanos árabes serão exibidos. Um deles é o marroquino "As Ruas de Casablanca" e o outro é o mauritano "À espera da Felicidade". O filme "As Ruas de Casablanca" conta a história de dois meninos de rua que tentam conseguir dinheiro para fazer um funeral digno para o seu amigo adolescente, assassinado por um traficante. O diretor é o marroquino Nabil Ayouch Ali Zaoua.
O filme "À espera da Felicidade" relata as dificuldades de um adolescente mauritano de viver em uma pequena aldeia no país depois que sua mãe foi morar na Europa. Atraído pela cultura ocidental, ele tem vergonha dos costumes locais, mas muda sua visão depois de conhecer a jovem Nana, o velho Maata e o órfão Katra. O filme é do diretor Abderrahmane Sissako, nascido na Mauritânia. "As Ruas de Casablanca" será exibido na quinta-feira (13), às 18h, e no domingo (16), às 16h, e "À espera da Felicidade" na sexta-feira (14), às 14h, e no sábado (15), às 20h.


A esquina do mundo

Cartinha interessante